segunda-feira, 16 de junho de 2008

RESPOSTA DA INSTITUIÇÃO DE 200 ANOS À MILÍCIA QUE ENGATINHA




Estado monta QG na Zona Oeste para combater milícia




Cúpula da Polícia Civil e 500 agentes se instalam em Campo Grande


Rio - Para fechar o cerco aos milicianos na Zona Oeste, a cúpula da Polícia Civil, com um exército de 500 agentes, vai se mudar para Campo Grande. A decisão foi tomada em reunião, semana passada, do governador Sérgio Cabral com a cúpula da Segurança Pública — entre seus representantes, o secretário da pasta, José Mariano Beltrame, e o chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro. A estratégia é mostrar poder de fogo contra os integrantes das milícias, que há pouco mais de um mês seqüestraram e torturaram equipe de O DIA e um morador da Favela do Batan, em Realengo. Quarta-feira, paramilitares atiraram ainda uma bomba de fabricação caseira na 35ª DP (Campo Grande).

No plano de combate aos milicianos não está descartado o apoio da Polícia Federal (PF). Na sexta-feira, o superintendente da PF, Jacinto Caetano, participou de reunião no Palácio Guanabara. Como forma de reagir às ações das milícias, agentes da delegacia de Campo Grande instalaram ontem circuitos interno e externo de câmeras. Os equipamentos foram comprados com recursos dos próprios policiais. A unidade continua com a escolta de agentes de 10 delegacias especializadas, além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

CERCO A CAMPO GRANDE

A partir desta semana, o chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, vai despachar de Campo Grande. Uma das possibilidades para o endereço do novo gabinete é a sede da Delegacia de Homicídios, que fica no bairro. Como parte da estrutura, também funcionarão no lugar os departamentos de Polícia da Capital e de Delegacias Especializadas, além da Corregedoria de Polícia Civil.

Na semana passada, agentes levantaram a hipótese de os novos gabinetes serem na prisão especial Ponto Zero, desativada em janeiro. Porém, laudo técnico da engenharia informou que o local precisaria de obras que durariam no mínimo um mês. Outro ponto cogitado foi a sede da delegacia de Campo Grande, mas foi descartado pelo fato de o prédio não ter condições de abrigar toda a estrutura que será transferida para o bairro.

Milicianos ameaçaram de morte, na semana passada, agentes da 35ª DP e da Delegacia de Combate às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), além de outros três delegados. Eles são os responsáveis por investigações relacionadas às milícias. Uma delas levou à prisão do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (PMDB).


Fonte O Dia

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