domingo, 1 de junho de 2008

MILÍCIAS - POLÍTICA DO TERROR: O PAC PARALELO


Milícias - Política do Terror: O PAC paralelo.

Rio - O Batan é em sua maior parte uma favela plana. O morro é a grande preocupação da milícia. A geografia e a miséria da área são agravantes, tornam o local propício a nova invasão do tráfico. As pessoas que vivem no morro são muito pobres, mas a milícia está obrigando os moradores que têm barracos de madeira a erguerem casas de alvenaria. Alguns já abandonaram os barracos, pois não têm condições de construir. A milícia também importou para o Batan a estética higienista da Zona Sul. Como a coleta só ocorre três vezes na semana, os moradores são obrigados a guardar grande quantidade de lixo em casa. E quem descumpre a ordem de não colocar lixo na rua fora dos dias de coleta é punido. O resultado são ruas limpas durante toda a semana.

Moradores da comunidade contam que há um trecho do Campo de Gericinó usado como cemitério do tráfico. Algumas senhoras falaram que não gostam de fazer caminhada por lá para não pisarem nas covas clandestinas. A presença de corpos não identificados na comunidade é uma rotina da população. Um senhor contou que seu vizinho invadiu um terreno e comprou material de construção para fazer uma casa. Durante as escavações para fazer a base da construção, encontrou um braço humano. Traumatizado, ele desistiu de construir a casa no local. Fala-se muito do cemitério clandestino de Gericinó. A área era usada para fazer "desova" dos inimigos e como desmanche de carros roubados.



Fonte: O Dia

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