domingo, 31 de maio de 2009

PRISÃO ESPECIAL DE POLICIAIS EM BENFICA, O BEP, NO RJ, DÁ LIBERDADE PARA MATAR


PMs presos em Benfica deixam unidade para praticar assassinatos e ameaçar testemunhas.



Televisão e videogame na cela



RIO, 31/05/2009 - No Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, 289 policiais - entre oficiais e praças - estão detidos, acusados de delitos como extorsão, envolvimento com milícias, ligação com a máfia dos caça-níqueis e homicídios. O muro de seis metros de altura da unidade não só encobre privilégios - como uso indiscriminado de celulares, visitas de garotas de programa e churrascos regados a cerveja -, como não impede que PMs presos deixem a prisão para matar. A participação de policiais detidos na unidade em ameaças a testemunhas e até assassinatos consta de processos na Auditoria de Justiça Militar, no Tribunal de Justiça do Rio e de uma investigação da Delegacia de Homicídios. Com uma microcâmera, O GLOBO constatou a rotina de desmandos no batalhão, transformado em escritório do crime. A reportagem de Sérgio Ramalho está na edição deste domingo em O GLOBO. (Vídeo: privilégios para policiais na prisão)

Como os presos de penitenciárias comuns, os PMs detidos no BEP se agrupam em facções. Milicianos não se misturam a policiais acusados de receber propina de traficantes ou envolvidos com roubos. Os "maquineiros" (PMs ligados a contraventores) têm boa relação com paramilitares e integrantes de grupos de extermínio. Apesar das diferenças, privilégios garantem a simbiose entre os grupos. As regalias no BEP podem ser dimensionadas pela frase do soldado Márcio Ferreira da Costa, o Pitbull, captada em escuta telefônica autorizada pela Justiça no processo 2008.0280017886, onde o PM diz a uma mulher: "(...) É o que o pessoal tá falando, isso aqui é um spa". Márcio Pitbull foi preso por participação em assassinato e desvio de munição da PM.

O BEP é citado ainda nos inquéritos 048 e 049/2008 da Delegacia de Homicídios, como local de recrutamento de matadores. Na investigação sobre o atentado sofrido pelo pecuarista Rogério Mesquita, em Cachoeiras de Macacu, em maio de 2008, a vítima afirma que um capitão da PM havia ido ao BEP para arregimentar policiais presos para matá-la. Cinco meses depois, Mesquita foi assassinado a tiros, às 10h40m, em plena Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema. Há indícios de que o crime foi praticado por PMs que saíram do BEP. Interceptações telefônicas indicam que um tenente preso na unidade e ligado ao grupo denunciado por Mesquita teria articulado o crime. As escutas autorizadas pela Justiça mostram que o oficial usa constantemente celulares para falar com aliados em liberdade.

Os celulares, no entanto, não são a única opção encontrada pelos presos para fazer contato com gente fora do BEP. Em 19 de março passado, o cabo Edwards Araújo usou um telefone do serviço reservado da unidade para fazer uma ligação ameaçando uma promotora de Belford Roxo. Dias antes, ela havia participado do julgamento em que o cabo foi condenado a 55 anos de prisão por homicídio.

Com a microcâmera, O GLOBO constatou, nma das imagens, duas mulheres, uma delas ainda com os cabelos molhados, circulando numa das galerias de acesso às celas dos oficiais, que são pequenas suítes. No acesso ao segundo andar, uma bancada semelhante à de camelôs serve de mostruário para caixas de bonecas e outros brinquedos. Numa das celas, um PM preso tem TV e videogame.


Fonte O Globo

sábado, 30 de maio de 2009

FABRICIO FERNANDES MIRRA, EX-PM, TEM PISTOLA E COMANDA MILÍCIA DE DENTRO DA PRISÃO


Ex-PM que comanda milícia tinha arma na prisão







e dizia pagar propina a comandante



RIO, 30 de maio de 2009 - Instalada na galeria E1, no terceiro andar do Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica - onde ficam presos PMs que respondem a inquérito -, a academia de ginástica foi o local escolhido pelo soldado Fabrício Fernandes Mirra, de 33 anos, para exercitar a truculência que o tornou chefe da milícia que atua em 23 comunidades do Rio. Armado com uma pistola cromada, ele deu uma coronhada no rosto do soldado Felipe Wenderroscky de Souza, em 27 de setembro passado. Em meio ao tumulto, Mirra ainda teria ameaçado matar o soldado, segundo depoimento de três testemunhas, dizendo que pagava R$ 5 mil ao comandante do batalhão prisional para andar armado.


A confusão envolvendo o miliciano - que, mesmo cumprindo pena por homicídio, chefiava a maior e mais violenta milícia do Rio, - desarticulada quinta-feira com a prisão de 15 integrantes - começou às 23h30m, quando Mirra, acompanhado por outro PM preso, se exercitava na sala de musculação e passou a bater com uma anilha de 20 quilos na parede. O barulho chamou a atenção de Felipe, que jogava baralho com outros três PMs, todos presos. Ao chegar à academia, ele perguntou o que estava acontecendo e foi surpreendido por Mirra, que sacou uma pistola e o atingiu no rosto: - Em seguida, o soldado Mirra enrolou a pistola na camisa e falou que pagava propina ao coronel comandante do BEP e que o batalhão seguia suas normas - afirmou Felipe.



Rastro de assassinatos da milícia sob investigação


Assassinatos e coação a testemunhas para mentir em delegacias sobre crimes eram marcas registradas da milícia chefiada pelo ex-PM Fabrício Fernandes Mirra, preso ano passado, que foi desarticulada quinta-feira pela Polícia Civil. É o que revela relatório da investigação da Operação Leviatã 2, que prendeu 15 pessoas ligadas à quadrilha durante a ação. A apuração dos agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) lista pelo menos 15 homicídios cometidos pelo bando, apontado como o maior e mais violento do Rio.


Em março do ano passado, por exemplo, José Alexandre Silva Eugênio foi agredido dentro de casa por Mirra, em Pinheiral, no Sul Fluminense. Sete dias depois, morreu em virtude dos ferimentos. O bando conseguiu identificar uma das testemunhas. Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram Mirra e o ex-PM Marcos Gregório Siqueira da Silva, o Zero, foragido, tramando para que o depoimento da testemunha fosse mudado na 101ª DP (Pinheiral). Na conversa, Zero diz que a testemunha ‘poderia escorregar e morrer’.


Em 2006, uma das testemunhas do assassinato de Cléber Vasconcelos Pinho, morto em Marechal Hermes, teve que mentir na Justiça para não ser morta pelos paramilitares. O caso foi registrado na 30ª DP (Marechal Hermes), mas a investigação foi transferida para a Delegacia de Homicídios pelo então chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins. De acordo com um dossiê encaminhado à Corregedoria Geral Unificada (CGU), Mirra teria pago para se livrar da investigação.


Um dos crimes mais violentos praticados pela quadrilha foi no Morro do Dezoito, em Quintino, em novembro. Uma mulher foi sequestrada, estuprada, torturada, esquartejada e depois queimada. Eles ainda quebraram os dentes da vítima para impedir que ela fosse reconhecida pela arcada dentária. A sentença de morte foi dada após o grupo desconfiar que a vítima seria informante da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA).


Dezoito integrantes da milícia continuam foragidos da Justiça, entre eles três ex-PMs. “Estamos trabalhando na identificação de outros membros e na análise de documentos”, afirmou o delegado-titular da Draco-IE, Cláudio Ferraz. A quadrilha controla 23 comunidades no Rio e na Baixada.



Advogado lotado em gabinete da Alerj


Apontado pela polícia como o principal ‘braço jurídico’ da quadrilha do ex-PM Fabrício Fernandes Mirra, o advogado Marcelo Bianchini Penna, preso quinta-feira, estava lotado no gabinete do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB). “Na CPI das Milícias, muitas pessoas revelaram que ele defendia os invasores de terras. Para mim, ele era o braço do Brazão na milícia”, disparou a deputada Cidinha Campos (PDT), que fez parte da comissão.


A deputada informou que vai enviar na semana que vem relatório sobre o envolvimento de Bianchini com a milícia à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Procurado por O DIA por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado Domingos Brazão não se pronunciou sobre o assunto.


Segundo as investigações da Draco, Bianchini era usado pela quadrilha para orientar testemunhas ameaçadas pelo bando a mudar seus depoimentos nas delegacias.


Outro preso na operação foi o PM Marcelo Pereira Maningette Paulo, o Marcelo Pitbull, que trabalhava como motorista do comandante do 3º BPM (Méier). Durante as investigações, os agentes descobriram que uma das áreas dominadas pela milícia era o Parque Esperanças, conjunto com 23 prédios em Anchieta.



Fonte: O Globo e O Dia





quinta-feira, 28 de maio de 2009

LEVIATÃ II REVELA A MAIOR MILÍCIA DO RIO DE JANEIRO










Operação de combate à milícia prende 16 e estoura paiol

Grupo paramilitar é considerado o mais forte do estado, diz Polícia Civil.

Milicianos estariam explorando venda de apartamentos.


Rio de Janeiro, 28/05/2009 - O secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame e o chefe de Polícia Civil Allan Turnovski apresentaram, na tarde desta quinta-feira, os números da operação Leviatã 2, que desarticulou parte da milícia "mais bem armada" do Rio de Janeiro, segundo as palavras do delegado Cláudio Ferraz, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO).

Durante a coletiva, a polícia apresentou números diferentes do que haviam sido divulgados mais cedo. Foram 31 mandados de prisão: dez foram cumpridos nesta quinta, cinco deles com flagrantes de armas, e 12 de pessoas que já estavam presas, em um total de 22 presos.

O chefe do grupo é o ex-fuzileiro naval e ex-soldado da PM Fabrício Fernandes Mirra, preso ano passado na Favela da Palmeirinha, em Guadalupe.

Um dos acusados, o braço direito de Mirra, já estava se articulando para se candidatar a deputado estadual. De acordo com informes recebidos pelos investigadores, o grupo estaria se expandindo para São Paulo.

A Operação Leviatã 2 da Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (28), 16 suspeitos de envolvimento com uma milícia que tem como base o Morro do 18, no bairro de Quintino e de Anchieta, no subúrbio do Rio.

A operação está sendo realizada, desde a madrugada, em diversos bairros da Zona Oeste do Rio, entre eles Jacarepaguá, Anchieta e Piedade. Não há informações de confrontos.

Segundo a polícia, a força da milícia foi constatada quando as investigações revelaram que os milicianos tomaram 23 blocos de apartamento de um conjunto residencial, Village Pavuna, em Anchieta, construídos pela Caixa Econômica Federal.

Eles estariam vendendo cada unidade por R$5 mil somado a uma mensalidade por tempo indeterminado.

Entre os presos, estão os advogados Marcelo Bianchini Penna e Carlos Alberto Costa de Oliveira. Segundo o blog Casos de Polícia,também fazem parte do grupo o policial militar Robson de Carvalho Ferreira, lotado no 20º BPM (Mesquita), Thais Fernandes da Silva, Marcos da Silva Rocha, Marcelo Pereira Menigette Paulo, Robson da Silva Lacerda, Nilson dos Santos Teixeira e Jorge Mauro da Silva

Os policiais estouraram um paiol da quadrilha onde foram apreendidas várias armas, grande quantidade de munição, e três radiotransmissores.

Participam da ação cerca de 200 policiais da Polinter, Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) Delegacia de Homicídios (DH) e Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH/OESTE), com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Segundo o delegado Rodrigo Oliveira, diretor do departamento de Polícia Especializada, o objetivo era desarticular a milícia do ex-policial militar Fabrício Fernandes Mirra, conhecido como Mirra, que já está preso. O segundo homem do grupo, Marcos Silva da Rocha, o Bicudo, que havia substituído Mirra, foi preso em casa com uma escopeta.

Ainda de acordo com o delegado, a milícia tem como base o Morro do 18, em Piedade, e o conjunto habitacional Village Pavuna, em Anchieta, onde a polícia encontrou um paiol de armas, no telhado de uma casa. Foram apreendidas no local quatro revólveres, quatro pistolas, duas escopetas calibre 12, um submetralhadora, três radiotransmissores e grande quantidade de munição e várias granadas.

A força dessa milícia foi constatada quando a polícia descobriu nas investigações que os milicianos tomaram 23 blocos de apartamento de um conjunto residencial, Village Pavuna, em Anchieta, pertencente à Caixa Econômica Federal, e venderam cada unidade por R$5 mil somado a uma mensalidade por tempo indeterminado.

Saiba mais:


Fonte: O Dia, G1 e O Globo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

MILÍCIAS: AS PRIMEIRAS VITÓRIAS DO ESTADO DE DIREITO



Suspeito de chefiar milícia, Natalino Guimarães presta depoimento no Rio




Justiça quer saber origem de armas achadas na casa de ex-deputado

Outros cinco suspeitos também prestaram depoimento



Rio, 18/05/2009 - O ex-deputado Natalino Guimarães, suspeito de comandar uma milícia na Zona Oeste, prestou depoimento nesta segunda-feira (18) na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no Centro da cidade. A Justiça quer saber a origem das armas encontradas na casa do ex-deputado, no momento em que ele foi preso, em julho de 2008.


A segurança foi reforçada no Tribunal de Justiça para a chegada do ex-deputado, que deixou o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), onde está preso, para o depoimento desta segunda.


Outros cinco suspeitos de envolvimento com milícia, incluindo o sobrinho do ex-deputado, Luciano Guinâncio, também prestaram depoimento ao juiz da Primeira Vara Criminal de Campo Grande. Todos negam as acusações.

De acordo com as investigações, a exploração de serviços ilegais na Zona Oeste seria feita principalmente pelos grupos do ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, preso no dia 13 de maio, do ex-PM De Lima, do pai dele, Délcio de Lima, conhecido como Seu Délcio, do ex-PM Francisco César Silva, o Chico Bala, e também do grupo do ex-policial, Alcsander Monteiro, o Popeye.


Dos nove suspeitos detidos no fim de semana, por suposto envolvimento com milícias, cinco permanecem presos. Com eles, agentes da Delegacia de Itaboraí, município da Região Metropolitana do Rio, apreenderam equipamentos para instalação de TV a cabo, armas e quatro carros.

O policial militar Ricardo Silva de Lima, o De Lima, afastado da corporação, segundo a polícia, por problemas psiquiátricos, está entre os presos.




Denúncia de plano de resgate


No fim da audiência, o juiz Rubens Casara disse que recebeu informações da Polícia Federal de que existiria um plano para resgatar um dos suspeitos, que também prestou depoimento no fórum.


Segundo o juiz, o plano seria para libertar Moisés Pereira Maia. Por conta disso, a Polícia Federal decidiu levar todos os presos de volta para Campo Grande. Os depoimentos foram antecipados para que os presos fossem retirados do fórum antes do anoitecer.


Fonte: G1

domingo, 17 de maio de 2009

O LUCRO DA MILÍCIA





Anotações mostram cobrança de taxas na Zona Oeste e Baixada









Rio, 17 DE MAIO DE 2009 - O lucrativo e organizado esquema de cobrança de taxas pela milícia a motoristas de vans e Kombis do transporte alternativo na Zona Oeste foi detalhado a investigadores da Missão Suporte em algumas folhas da contabilidade da quadrilha, apreendida na casa do ex-policial militar Ricardo Teixeira Cruz, o Batman. Preso na noite de quarta-feira, em Paciência, o miliciano da Liga da Justiça enumerou em suas anotações 50 linhas que controlava: 49 na Zona Oeste e uma em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.



A propina era cobrada às linhas diariamente pelos arrecadadores do bando. Somados, os valores das taxas que permitem a circulação dos veículos na região chegam a R$ 74.415 por semana ou quase R$ 300 mil mensais. Algumas linhas de grande movimento, no entanto, só desembolsavam quantias que variam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil às sextas-feiras. Casos das que cumprem itinerários que passam pelas localidades de Palmares, Vale Verde, Urucânia e São Vitor.





Os papéis revelam que Batman controlava, por exemplo, dois pontos na Praça 7 de Abril, em Paciência. Os veículos da linha que vai para Santa Cruz pagavam R$ 1.725 semanais. Os para Campo Grande, R$ 500.



Curiosamente, foi nessa praça que um homem foi morto a tiros menos de 24 horas após a prisão de Batman.


Os números são referentes à primeira semana deste mês. E comprovam o que as investigações da Polícia Civil já indicavam em relação à expulsão do tráfico de algumas comunidades da Zona Oeste, como as favela da Carobinha e do Vilar Carioca. Na primeira a arrecadação foi de R$ 1,8 mil; na outra, de R$ 2,1 mil.


O nome Caxias aparece uma única vez na contabilidade, com um pagamento de R$ 1 mil feito em uma sexta-feira. Cálculos dos investigadores indicam lucros de R$ 2 milhões mensais. Por isso tentam decifrar os números que constam nas anotações. E dinheiro parece não faltar à milícia. Além das propinas pagas a policiais corruptos — 78 nomes estão em outra lista apreendida —, os gastos são impressionantes. Numa planilha encontrada pela polícia, aparecem despesas até com a compra de GPS para carros, no valor de R$ 8.737,95.


Batman, no entanto, nem sempre se mostrava organizado. Apesar de desembolsar R$ 1.727,29 mensais com contas de Nextel, ele sequer sabia com quem os aparelhos estavam. Por isso, na planilha ele deixa um recado para saber ao certo quantos têm e com quem estão cada um deles.


Sargento preso por ataque a DPO é rival do miliciano


Investigações da 71ª DP (Itaboraí) apontam que o sargento do 33º BPM (Angra dos Reis) Sérgio Ricardo Souza de Lima, seria o mesmo De Lima que é apontado por Batman como seu rival. O sargento foi preso sexta-feira à noite, acusado de participar do ataque ao Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Sambaetiba, em março, que matou um PM e feriu outro.

“Após a prisão do Batman, este foi o primeiro passo para desarticular outros grupos de milicianos. O foco é impedir que a milícia se instale em outros locais”, afirmou o delegado Luiz Antônio Ricardo.

O objetivo da operação em Itaboraí era prender Alexandre da Silva Nascimento, o Popeye, chefe da milícia da Carobinha, em Campo Grande. Popeye escapou, mas 10 pessoas foram detidas, das quais cinco responderão por formação de quadrilha e tráfico de armas. “Popeye é um dos principais integrantes da milícia do Chico Bala (o ex-PM Francisco César de Oliveira, rival de Batman). Ele é o mentor do ataque ao DPO”, revela Luiz.



Fuga de Bangu 8: sem provas contra agentes


Sete meses depois de Batman sair de Bangu 8 pela porta da frente, as investigações seguem sem provas do possível envolvimento de 10 agentes penitenciários. Há informações de que a fuga teria custado R$ 2 milhões.


Apesar de a polícia ter pedido à Justiça em novembro a prisão dos servidores suspeitos, eles continuam trabalhando, mas em setores administrativos, fora de presídios. O inquérito está no Ministério Público, que se limitou a dizer que continua as investigações.



Sindicância da Secretaria de Administração Penitenciária concluiu que houve negligência grave por parte dos agentes e foi aberto procedimento administrativo disciplinar, que pode levar à expulsão dos 10.



De Leslie Leitão e Vânia Cunha


Fonte O Dia


quinta-feira, 14 de maio de 2009

RICARDO BATMAN É PRESO OUTRA VEZ


Ex-PM Ricardo Batman é preso na Zona Oeste do Rio

Ele estava foragido desde outubro de 2008, após fugir de presídio.

Ex-PM é acusado de comandar uma milícia da Zona Oeste.


Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) prenderam, na noite desta quarta-feira (13/05/2009), o ex-PM Ricardo da Cruz Teixeira, o Batman, acusado de chefiar uma quadrilha de milicianos que atua na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ele foi preso na casa da namorada, em Paciência, na Zona Oeste.

Em outubro de 2008, Batman fugiu do presídio de segurança máxima Petrolino Werling de Oliveira, também conhecido como Bangu 8, pela porta da frente acompanhado de dois homens. Com a fuga, o diretor do presídio, Luiz Fernando Burgos, foi exonerado.

Batman foi preso durante a Operação Suporte, da Polícia Civil. De acordo com a polícia, cerca de 20 policiais participaram da ação. Com a ajuda de um helicóptero blindado e de três carros descaracterizados, os agentes cercaram a casa em Paciência. Em seguida, uma mulher saiu com as mãos para o alto e disse que ele iria se entregar. Não houve tiroteio.

A Central Disque-Denúncia, que ofereceu recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem a sua captura, recebeu mais de 230 denúncias de que Batman e seu companheiro, Aldemar Almeida dos Santos, o Robin, morto em abril de 2005 durante um confronto com a polícia, fariam parte de um grupo de extermínio.

Ex-policial militar, Ricardo Batman foi expulso da PM em 1992, quando fazia parte do Batalhão de Choque (BPChoque). A milícia, da qual é acusado de chefiar em Campo Grande, exploraria serviços clandestinos de segurança, transporte alternativo, distribuição de gás e venda de sinal de TV a cabo.

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