sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Preso PM acusado de chefiar miícia em Jacarepagua, RJ



PM acusado de chefiar milícia é preso em Curicica


Por Luarlindo Ernesto


Rio - Acusado de chefiar grupo de milícia em Curicica, Jacarapaguá, o cabo da Polícia Militar André Luiz Barreto Ferralho, do 22º Batalhão da PM, foi preso no final da manhã desta quarta feira. Policiais da 2ª Delegacia de polícia Judiciária Militar fizeram a prisão na esquina das ruas Juranda e Florair, em Curicica.

O militar estava com três armas, munição carregadores, notebock, cerca de R$ 30 mil em espécie, 57 papelotes de cocaína e fichas de cobrança de TV  a cabo clandestina no valor de R$ 40 para cada cliente. O cabo André Luiz foi levado para ser autuado na 32ª DP, em Jacarépagua, e deverá ser removido para o Batalhão Especial Prisional da PM, em Benfica.

Fonte O Dia.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ajuste entre assassinos: Falso bombeiro e suspeito de integrar milícia são mortos















Falso bombeiro e suspeito de integrar milícia são mortos


Por Bruno Rohde

Um suspeito de envolvimento com a milícia e um falso bombeiro foram mortos a tiros, em Oswaldo Cruz, perto da estação ferroviária do bairro. Os disparos foram efetuados por pistolas de três calibres diferentes quando as vítimas passavam pela Rua Adelaide Badajós, às 22h desta segunda-feira.

Carlos Alberto da Silva Oliveira, de 32 anos, que dirigia um Gol cinza, morreu na hora. Bruno de Brito Alves de Souza, de 28, ainda conseguiu sair do carro e correr, mas morreu na passarela da estação de trem.

Carlos Alberto estava com uma pistola calibre 380 na cintura e com uma carteira falsa de bombeiro. Já Bruno tinha um histórico de proximidade com milicianos. Ele seria ligado ao grupo do ex-PM Francisco César de Oliveira, o Chico Bala.

Bruno teria participado da execução de um rival, em abril de 2009. Anderson Bengaly de Souza foi assassinado a tiros no estacionamento de um supermercado, na Zona Oeste. A vítima pertenceria a uma milícia rival a de Chico Bala. Bruno também foi investigado pela participação na morte da garota de programa Edilma Maria Ferreira, morta quando estava grávida de 8 meses. Ela também foi executada em abril de 2009, em Campo Grande. Em maio desse mesmo ano, Bruno chegou a ser preso com uma pistola, numa casa.

A Divisão de Homicídios investiga o a morte de Carlos Alberto e Bruno. Já se sabe que um Gol vermelho com homens armados emparelhou com o carro onde estavam as vítimas. Segundo a polícia, foram disparados mais de vinte tiros.



Fonte Extra

Juíza assassinada pela miícia queria proteção do tribunal


PMs que eram investigados por juíza morta serão transferidos de batalhão

Decisão foi anunciada pelo presidente do Tribunal de Justiça.

Outros 30 policiais vão aumentar a segurança no Tribunal de Justiça.



Por Thamine Leta

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) Manoel Alberto Rebêlo informou, na tarde desta quarta-feira (17), que os policiais do 7º BPM (São Gonçalo), investigados pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, serão transferidos para outros batalhões. Eles seguem trabalhando enquanto os caso não são julgados. A juíza Patrícia Acioli, assassinada na última sexta-feira (12), em Niterói, investigava crimes relacionados a milícias, que teriam agentes envolvidos.

A decisão, segundo Rebelo, foi tomada durante uma reunião com o governador do estado, Sérgio Cabral, nesta terça-feira, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul.

"Durante a reunião, o governador autorizou que mais 30 policiais fizessem a segurança do Tribunal de Justiça. Ficou decidido também pela remoção de policiais do 7º BPM, que estão sendo processados. Eles serão transferidos para outros batalhões", disse Rebêlo.

De acordo com Rebêlo, durante a reunião ficou decidido ainda que será construído um único Fórum, em São Gonçalo, que abrigue todas as varas da Justiça. A intenção é facilitar a segurança de todos os juízes.

“Se não fosse isso, o Fórum de São Gonçalo teria que usar quatro imóveis distintos e isso dificulta a segurança. A solução foi um espaço em que vamos construir um fórum com todas as varas de São Gonçalo”, explicou. Rebelo também adiantou que a segurança será reforçada no Fórum de São Gonçalo.

O presidente do TJ afirmou que dez carros blindados estão à disposição do Tribunal de Justiça.

Investigações do crime

O secretário geral da Comissão Nacional de Justiça, Fernando Marcondes, que também participou da reunião com o presidente do TJ e o governador Sérgio Cabral, falou sobre as investigações do crime.

“As investigações são feitas com profundidade. Em muito menos tempo que possamos imaginar o caso será solucionado”, disse Marcondes.

Juíza enviou ofício reclamando da falta de proteção

Patrícia Acioli reclamava por escrito da falta de proteção policial, por causa das ameaças de morte que recebia. Ela chegou a enviar ofícios ao Tribunal de Justiça do estado (TJ-RJ).

Os documentos foram apresentados pelo advogado da família como prova de que ela queria reforço na segurança.

Os documentos estavam no gabinete da juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo, também na Região Metropolitana, e serão entregues nesta quarta-feira (17) ao presidente do TJ-RJ. Em um deles, datado de 13 de fevereiro de 2007, Patrícia se dirige ao diretor de segurança do Tribunal.

Ela diz que não pode receber um novo policial designado para a escolta da família, porque os filhos já estão acostumados aos atuais integrantes, depois de um processo de adaptação demorado e trabalhoso.

A juíza pede a volta de um ex-integrante da escolta, e observa que, naquele momento, contava com apenas três policiais militares na sua segurança, sendo imprescindível a vinda de um quarto policial.

Na última sexta-feira (12), o presidente do Tribunal de Justiça disse que a escolta foi retirada porque Patrícia Acioli não achou necessário mantê-la.

“Quando chegou em 2007, o Tribunal de Justiça nas avaliações que faz a respeito chegou a conclusão de que não havia necessidade de ela continuar com a segurança intensa como ela vinha tendo até então. E propôs reduzir o número de policiais que iriam trabalhar na segurança dela. Ela então achou que aquilo ali não era necessário”, disse o desembargador Manoel Alberto Rebêlo, presidente do TJ-RJ, na última sexta-feira.

Juíza recebeu visita de major

Cinco meses depois, a juíza escreve ao juiz Mário Mazza, auxiliar do então presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Murta Ribeiro. Patrícia diz ter recebido a visita do major Silvio Guerra, responsável pela segurança do TJ-RJ.

Segundo a magistrada, o major disse a ela que o presidente do Tribunal havia determinado a retirada de um policial de sua escolta, que seria reduzida a um PM por dia. Este policial teria que se transportar por meios próprios ou no carro da juíza.

A juíza reclama: "Entendendo que a questão envolvendo a minha vida é algo muito importante, não entendi o tratamento que foi dado ao caso".

Ela pede, por escrito, a decisão do presidente do Tribunal de Justiça, e diz que apesar de não ser especialista em segurança, acha que a nova escolta não atende a critérios mínimos. Por fim, ela afirma que não questiona a decisão, mas que "aguarda a ordem chegar de forma correta, por escrito", "para cumpri-la imediatamente".

Informe de inteligência

Outro documento encontrado pelo advogado contratado pela família de Patrícia Acioli é um informe de inteligência da Polícia Federal, que revela o plano de um contraventor da cidade de São Gonçalo.

Numa escuta telefônica, ele dá a entender que alguém próximo à juíza seria vítima de um atentado. No documento, de julho de 2009, um agente informa ao delegado da Polícia Federal em Niterói que o bicheiro Luis Anderson de Azeredo Coutinho, numa interceptação telefônica, demonstra grande rancor contra Patricia e afirma que "uma bomba irá explodir em São Gonçalo. A pessoa que bate o martelo irá chorar lágrimas de sangue."
Diz que "a ordem já teria sido dada" e "a magistrada ficaria sabendo que teria sido ele o autor do fato".

Alguns dias depois, em outra conversa telefônica, o bicheiro afirma que a atitude contra a juíza seria, na verdade, uma representação na Corregedoria de Justiça.

No entanto, para a Polícia Federal, como o bicheiro desconfiava que estava sendo monitorado, aquela afirmação poderia ser uma tentativa de dissimular o telefonema anterior. O comunicado foi enviado à própria juíza Patrícia Acioli.

Numa anotação feita à mão no canto da página, é possível ler também: "Oficie-se a presidência do Tribunal de Justiça", "a Procuradoria de Justiça" e "a Secretaria de Segurança Pública".

Defesa

O desembargador Murta Ribeiro, que era presidente do Tribunal de Justiça em 2007, quando a proteção à juíza foi retirada, afirmou por telefone que a decisão de reduzir a escolta foi normal, porque quando um juiz recebe uma ameaça e ela não se concretiza, a segurança é desmobilizada para atender outro juiz.

Murta Ribeiro disse ainda que não se lembra se enviou por escrito à juíza a ordem para redução da escolta, mas acredita que não tenha enviado, porque, segundo o desembargador, do ponto de vista da hierarquia, isso não faria sentido.

O desembargador Luiz Zveiter, que era presidente do Tribunal de Justiça em 2009, disse que avaliou que o comunicado da Polícia Federal se referia à representação feita pelos advogados do bicheiro Luís Anderson Azeredo na corregedoria do tribunal. Esta avaliação foi confirmada, segundo Zveiter, porque dias depois da interceptação do telefonema, a representação contra a juíza efetivamente ocorreu. Ele disse que esteve com a magistrada e que em nenhum momento ela disse ter sofrido ameaças.

O procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, informou na manhã desta quarta-feira (17) que já pediu um levantamento para ver se o ofício da PF chegou realmente e se foi encaminhado para o órgão competente, neste caso, a Secretaria de Segurança ou o próprio Tribunal de Justiça. Lopes ressaltou que o Ministério Público só faz a segurança dos seus funcionários e não é responsável pela segurança de pessoas de fora do seu quadro.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro não localizou o secretário José Mariano Beltrame.

A assessoria da Polícia Federal disse que não vai se pronunciar.

Fonte G1

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MILÍCIA EXECUTA JUIZA NO RIO DE JANEIRO.



Brasil tem pelo menos 87 juízes sob ameaça, diz corregedora do CNJ


Juíza de 47 anos foi morta nesta madrugada, na porta de casa, no Rio.  Para Calmon, Judiciário 'cochila' em relação à segurança de magistrados


Por Débora Santos

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, afirmou nesta sexta-feira (12) que o Judiciário brasileiro tem “cochilado” em relação à segurança de magistrados. Segundo dados enviados por tribunais estaduais e federais ao Conselho, pelo menos 87 juízes estão sob ameaça em todo o Brasil, como a juíza Patrícia Acioli, que foi assassinada na madrugada desta sexta-feira (12).

Saiba mais
“Nós muitas vezes cochilamos um pouco quanto à segurança de magistrados que brigam e que trabalham com assuntos muito sérios como foi o caso dessa magistrada. Temos um segurança falha. Nós efetivamente temos cochilado um pouco”, disse a ministra.

Segundo informações enviadas pelo Tribunal de Justiça do Rio, no estado há 13 magistrados sob ameaça. Entre esses nomes, segundo a corregedora, não estava a juíza Patrícia Aciolli.

Eliana Calmou relatou que em junho deste ano enviou ofícios a todos os presidentes de tribunais regionais dos estados – inclusive do Rio de Janeiro, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos – pedindo dados sobre ameaças a juízes e recomendando o reforço na segurança dos magistrados.

“Recomendo que Vossa Excelência determine a adoção de práticas efetivas para garantir a segurança dos magistrados, em especial daqueles que judicam em varas criminais e de execução penal”, afirmou a corregedora na carta.

Há cerca de 3 meses, o CNJ criou um grupo de estudos para diagnosticar os problemas na segurança dos magistrados e definir que medidas devem ser tomadas pelos tribunais. Eliana Calmon afirmou que, segundo os investigadores do caso, Patrícia Acioli investigava grupos de extermínio, envolvendo inclusive policiais do Rio de Janeiro.
“Não se pode ter uma vara de execução como esta com um juiz apenas. Tem que diluir essa responsabilidade. É uma medida de segurança”, disse a corregedora do CNJ.

A corregedora informou ainda que constavam contra a juíza assassinada 4 representações no CNJ por abuso de autoridade. Mas todas foram arquivadas por falta de provas. De acordo com Eliana Calmon, provavelmente essas acusações tenham sido feitas por pessoas que não concordavam com a atuação rígida da juíza no combate ao crime.

“Há muito tempo ela batia de frente com esses grupos de extermínio e outros como do transporte ilegal de vans, bicheiros. Era uma juíza rigorosíssima. Só posso lamentar esse bárbaro ataque, mas não creio que isso vai inibir a magistratura. Isso pode assustar um pouco, mas não pode inibir o Judiciário. A morte da Dra. Patrícia não ficará em vão. Os magistrados brasileiros podem estar certos de que não estão sozinhos”, afirmou Eliana Calmon.

Marcada para morrer

A juíza Patrícia Acioli estava em uma lista de doze pessoas marcadas pra morrer, segundo investigadores. O documento foi encontrado com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, acusado de ser chefe de uma milícia em São Gonçalo, preso em janeiro deste ano em Guarapari, no Espírito Santo.

De acordo com fontes da polícia, nos últimos dez anos a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio.

Em setembro do ano passado, seis suspeitos, ente eles quatro policiais militares, foram presos. Segundo as investigações, todos faziam parte de um grupo envolvido no assassinato de 11 pessoas em São Gonçalo. A juíza Patricia Acioli foi quem expediu os mandados de prisão.

Ela trabalhava na quarta vara criminal de São Gonçalo. A juíza tem um histórico de condenações contra criminosos que atuam na cidade. Quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis, no transporte alternativo entre outros crimes.


Fonte G1
(Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo)