sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PENAS MAIS DURAS PARA AS MILÍCIAS





















Rio, 14/08/20009 - O Congresso Nacional tem uma força-tarefa de parlamentares para aprovar na Casa a inclusão do crime de milícia no Código Penal. Pelo projeto de lei do deputado federal Luiz Couto (PT-PB), a pena será de 4 a 8 anos de prisão, podendo ser aumentada em até 50% em caso de lesão corporal. Os maiores alvos são as milícias e os grupos de extermínio. Com isso, seria criada a variação 288A do artigo 288, que atualmente trata dos crimes de formação de quadrilha e bando armado. Até o início da semana que vem, será definido o relator do projeto. O mais cotado para a função é o deputado petista e ex-procurador de Justiça do Rio Antônio Carlos Biscaia. O projeto tramita em regime de urgência nas comissões de Constituição e Justiça e Cidadania e de Segurança Pública.


A discussão sobre a repressão aos crimes cometidos por milicianos ganhou força no Congresso ano passado, após a tortura de equipe de O DIA, na Favela do Batan. Quarta-feira, os chefões do grupo paramilitar denominado ‘Águia’, o policial civil Odinei Fernandes da Silva, de 35 anos, o ‘01’ ou ‘Águia’, e Davi Liberato de Araújo, 32, foram condenados a 31 anos de prisão por tortura, roubo e formação de quadrilha. A sentença foi dada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, Alexandre Abrahão Dias Teixeira.

“Espero que essa decisão seja mantida nos tribunais superiores para que eles paguem essas penas. A impunidade não pode ser marca registrada para esses criminosos”, afirmou Luiz Couto. Mais quatro acusados de integrar milícia, desta vez, em Jacarepaguá, vão responder na Justiça Militar. O envolvimento da dupla foi denunciado em série de reportagem Dossiê Milícia, publicada por O DIA em junho do ano passado.

Membro das comissões de Constituição e Justiça e Segurança do Congresso, Antônio Carlos Biscaia defende penas duras. “Aplaudo o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira. É dessa maneira que o judiciário contribui. Foi a partir da tortura à equipe de O DIA que a sociedade acordou para o perigo que representa as milícias”, avaliou. A opinião do parlamentar foi reforçada pelo colega Raul Jungmann (PPS), presidente da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado: “Bato palmas para o juiz. A pena é dura, mas necessária”.

Quando entrar em pauta o projeto de lei que cria o crime de milícia, os deputados vão analisar as emendas feitas pelo Senado. Entre elas, a que suprimiu o artigo 6º, que previa a aplicação do artigo 288A fosse feito pela Justiça Federal. Para o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Enrique Santos Calderón, a Justiça é uma das formas de combater a impunidade. Ele usou a decisão judicial que condenou os responsáveis pela tortura a equipe de O DIA como exemplo. “Esperamos que esta decisão abra precedentes no Brasil, que é um dos países cuja Justiça é mais atuante em toda a América Latina na defesa da liberdade de imprensa e do trabalho dos jornalistas”, declarou.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) tratou a punição como fundamental para que não ocorram novas agressões a jornalistas e violações à liberdade de expressão. A Abraji ressaltou ainda a a necessidade de o Estado garantir o exercício profissional dos jornalistas e o direito pleno da cidadania. “A sociedade não pode ser refém do crime organizado”, afirmou, em nota.

Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania aprovou projeto que permite ao MP pedir revisão criminal. A ação visa a substituir uma sentença definitiva por outra, que absolva o réu ou diminua a pena. Se não houver recurso para votação pelo plenário, a proposta seguirá para o Senado.

Miliciano perde até porte de arma

O cerco começa a se fechar sobre a milícia de Rio das Pedras. Quatro líderes do grupo paramilitar de Jacarepaguá poderão ser expulsos da Polícia Militar a partir de várias denúncias — entre elas, as reportagens de O DIA sobre o enriquecimento do bando nos últimos anos. Dono da casa de shows Castelo das Pedras, o vereador em São Gonçalo e sargento PM Geiso Pereira Turques (PDT) teve revogado o direito de portar arma e responderá a Conselho de Disciplina. Até a carteira funcional do policial será acautelada, como determina o Boletim Interno da PM de terça-feira.

O mesmo tipo de colegiado vai definir se o sargento reformado Dalmir Pereira Barbosa será expulso da PM. A formação do Conselho foi decretada em boletim de 4 de março. Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que o policial acumulou, junto com o irmão Dalcemir Pereira Barbosa, mais de R$ 7 milhões em patrimônio. Os dois foram indiciados pela PF por lavagem de dinheiro e extorsão.

A situação também está complicada para dois oficiais. O capitão reformado da PM Epaminondas de Queiroz Medeiros Junior será submetido ao Conselho de Justificação. Ele também é réu na por enriquecimento ilícito na 10ª Vara de Fazenda que vai decidir se aceita o pedido de sequestro de bens feito pelo Ministério Público.

O major Dilo Pereira Soares Júnior também poderá ser expulso da PM. Em 2008, O DIA mostrou que o oficial morava em apartamento avaliado em R$ 2 milhões.


Polícia mais perto dos assassinos de Nadinho

O quebra-cabeça sobre o assassinato do ex-vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho, começa a ser montado na Delegacia de Homicídios (DH). A polícia já sabe que os matadores do ex-vereador entraram no Rio 2 pelo acesso reservado aos moradores. Um dos cerca de 20 vigias da empresa Dinâmica contou na DH que o Audi entrou no condomínio depois de um dos matadores dizer que era segurança de Nadinho.

Outro dado que acendeu o sinal de alerta na delegacia foi o fato de o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli apontar que uma mesma arma tentou matar a viúva do inspetor Félix Tostes, Maria do Socorro, e Nadinho, no ano passado. Socorro prestou depoimento dizendo que Dalmir e Dalcemir seriam interessados em sua morte.


PUNIÇÕES

MAIS UM EXPULSO DA PM

A Polícia Militar parece disposta a cortar na própria carne. Ontem, o Boletim Interno da corporação publicou a expulsão do cabo Roberto Ramos dos Santos Júnior, o Betinho, lotado no Departamento Geral de Pessoal (DGP). O policial é acusado de integrar um grupo de extermínio na Vila do Sapê, em Jacarepaguá. Segundo duas testemunhas, ele também estaria envolvido em casos de tortura, com transporte alternativo irregular e venda de drogas e gás ilegal.


PRISÕES DE MILICIANOS AUMENTAM

Ano a ano, aumenta o número de prisões de acusados de envolvimento com milícia. Em 2006, apenas cinco pessoas foram detidas. No ano seguinte, o número subiu para 24. Já em 2008, foram 78 milicianos postos na cadeia — com destaque para os bandos comandados pelo ex-PM Fabrício Fernandes Mirra (Zona Norte) e o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (Zona Oeste). Este ano, já foram presos 151 acusados.


Fonte O Dia

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CIDINHA CAMPOS: COM A VIDA EM RISCO POR NÓS


Deputada acusa Cidinha Campos denuncia Girão na polícia



Cidinha Campos formalizou a terceira denúncia contra o vereador em um ano. Bombeiro afirma que é vítima de ‘perseguição política’


Rio de Janeiro, 6 de agosto 1- A deputada estadual Cidinha Campos (PDT) formalizou ontem denúncia contra o vereador Cristiano Girão (PMN) na Delegacia de Homicídios (DH) — a terceira em menos de um ano. Segundo a parlamentar, o sargento bombeiro estaria planejando sua morte e a do filho, Ricardo Campos Strauss, quando eles estivessem em Búzios.


Na polícia, Cidinha já acusara um suposto amigo de Girão de seguir o carro de Ricardo duas vezes, ano passado na Barra da Tijuca. O militar será convocado a prestar depoimento na semana que vem.


No relato, em setembro, Cidinha afirmou que o Meriva placa LUH-0768 passou a perseguir o filho após o bate-boca que teve com Girão na CPI das Milícias da Assembleia Legislativa. Na época, a deputada disse que muitas pessoas tinham medo do bombeiro. Ele retrucou: “Menos o seu filho, que é meu amigo e frequenta as minhas festas”. Após a sessão, Cidinha prestou queixa na DH.


Depois de semanas de investigação, a polícia descobriu que Marcio Lima era o condutor do Meriva. “Na parte traseira do veículo do cara tinha um cartaz do Girão. Além disso, quando foram intimá-lo para depor, ele estava junto com o bombeiro. Estou cansada dessas ameaças”, afirmou Cidinha, que terá o aval da Secretaria de Segurança para pedir escolta quando necessário.


Ontem, a chefe de gabinete do vereador, Regina Notini, divulgou nota do bombeiro sobre o caso: “Cristiano Girão esclarece que nunca ameaçou a deputada nem seu filho e exige do secretário de Segurança rigor na apuração da acusação feita pela deputada, pois vem sofrendo perseguição política. Por fim, se coloca à disposição para esclarecimentos com relação à acusação leviana”.


Ontem, o Ministério Público Estadual recorreu da decisão da Justiça de recusar o sequestro de bens de Girão. Ele foi denunciado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. A decisão agora caberá à 4ª Câmara Cível.



Por Thiago Prado, O Dia.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

PRESO BRAÇO DIREITO DE BATMAN



Preso braço-direito de Batman.
Polícia chegou a ser cercada pelo bando.




Paulo Cesar Dutra da Costa, Ricardo Gildes de Souza (braço direito do Batman) e Aldevides Nascimento de Mello na apresentação
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia


Rio, 24 de julho de 2009 - A Liga da Justiça sofreu ontem mais uma importante baixa. Ricardo Gildes de Souza, de 33 anos, o Dentuço, foi preso em casa, em Cosmos, na Zona Oeste. Segundo a polícia, Dentuço passou a controlar os negócios da Liga depois que o ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, foi preso, em maio. Agentes da Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste) contaram Dentuço tentou se escondeu embaixo da cama quando a polícia chegou.

Segundo o delegado Antônio Ricardo de Lima, contra Dentuço havia mandado de prisão por extorsão e formação de quadrilha. “Ele ainda é suspeito de pelo mesnos cinco homicídios na região e seria um dos braços armados da quadrilha”, afirmou.

A prisão provocou tumulto. Parentes de Dentuço tentaram impedir a entrada da polícia na casa e foi necessária uma negociação de 40 minutos até o acusado se entregar. Até crianças foram colocadas na frente dos agentes para impedir a ação da polícia. Ao ser colocado na viatura, Kombis, vans e carros cercaram os policiais para que o miliciano não fosse levado. A situação só se acalmou depois que o próprio preso disse ter se entregado e pediu calma aos manifestantes.

Mais cedo, por volta das 16h, agentes da DH-Oeste prenderam mais dois suspeitos de ligação com a Liga da Justiça. O agente penitenciário aposentado Aldevildes Nascimento de Melo, 43 anos, e Paulo César da Costa, 47, foram acusados de espancar um comerciante que não teria pago taxa exigida pela quadrilha. A dupla foi reconhecida pela vítima. Na casa de Aldevildes, em Campo Grande, foram encontrados diversos cheques em nomes de terceiros.

A polícia entrou em contato com um dos donos do cheque, no valor de R$ 500, e ele informou que a quantia havia sido paga para serviço de segurança privada. Os dois foram autuados por extorsão. O delegado Antônio Ricardo disse que, por causa da repressão às milícia na região, já houve ameaças de ataques a bomba à DH-Oeste e de atentados contra os agentes da unidade.





Corregedoria apura ligação com policial

A Corregedoria da PM abriu investigação para apurar o suposto envolvimento do policial André Oliveira com a Liga da Justiça. Em depoimento na Justiça, quarta-feira, o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, disse que a casa em Paciência onde estava escondido quando foi preso, em maio, seria do policial.

O juiz José Nilo Ferreira, titular da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, enviou cópia do depoimento à Corregedoria. Batman disse ter ajudado o PM a mobiliar e reformar a casa em troca do abrigo. O policial já foi convocado para depor.
Fonte: O Dia

quinta-feira, 18 de junho de 2009

ACUSADO DE CHEFIAR MILÍCIA, CHICO BALA TEM PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA.


Acusado de chefiar milícia, Chico Bala tem prisão preventiva decretada








Outros três acusados de integrar milícia também têm prisões pedidas.

Advogado já entrou com pedido de habeas corpus.

O ex-Policial Militar Francisco César Silva Oliveira, conhecido como Chico Bala, acusado de chefiar um grupo de milicianos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

A prisão foi decretada na quarta-feira (17). A denúncia, oferecida pelo Ministério Público do Rio, por intermédio da Promotoria de Investigação Penal de Campo Grande, foi acolhida pela 4ª Vara Criminal.

Além de Chico Bala, tiveram a prisão preventiva decretada Renato Silva Santos, Bruno de Brito Alves de Souza e Helton da Silva Torres. Os quatro foram denunciados pela prática do crime de quadrilha armada e pelo assassinato de Anderson Bengaly de Souza, no dia 30 de abril, no estacionamento do Supermercado Guanabara, em Campo Grande.

As investigações mostraram que o policial militar Renato Silva Santos efetuou os disparos, a mando de Chico Bala. O motivo do crime teria sido discordância no pagamento de taxas pelo transporte alternativo em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Ficou ainda demonstrado que Bruno de Brito Alves de Souza abordou a vítima e Helton da Silva Torres participou como motorista do grupo.

Habeas Corpus

O advogado de Chico Bala, Marcos Espínola, já entrou com um pedido de habeas corpus no TJ. Segundo Espínola, seu pedido vale tanto para a decisão da juíza Maria Angélica Guimarães, que decretou a prisão temporária no início do mês, quanto a prisão preventiva decretada nesta quinta.

Para o advogado, seu cliente estaria sofrendo constrangimento ilegal, além de ter o acesso ao processo dificultado. “Meu cliente está sendo impedido de se defender”, afirma Espínola, completando que Chico Bala é vítima do próprio sistema que “o usou no combate ao crime e hoje o caça”. Segundo o advogado, o pedido está sendo analisado pela desembargadora Eunice Ferreira Caldas.



Saiba mais




Fonte G1

quarta-feira, 17 de junho de 2009

SEM TRÉGUA PARA A MILÍCIA













Ação permanente contra os negócios da milícia.



Estado ocupa Campo Grande por tempo indeterminado, com policiais e órgãos públicos.



Rio, 17 de junho de 2009 - Cerca de 350 homens das polícias Civil e Militar, com apoio da Guarda Municipal, do Detro, da Secretaria Municipal de Ordem Pública, da Vigilância Sanitária, da Cedae e da Light, deram início a mutirão social sem prazo para terminar, na maior investida já deflagrada pelo governo do estado para desarticular os negócios de uma das milícias mais violentas do Rio, a Liga da Justiça, da Zona Oeste.


Os alvos principais são depósitos de gás, transporte alternativo irregular e centrais clandestinas de TV a cabo. Numa delas, agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) encontraram duas armas, sete granadas e munição para fuzil e pistola, além de um símbolo do Batman, referência a um dos chefes do grupo, Ricardo Teixeira Cruz, preso mês passado.


A ação desencadeada ontem foi desdobramento da Operação Têmis, que prendeu 45 milicianos semana passada. Segundo o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, a operação deve durar pelo menos 30 dias, mas poderá ser estendida por até 90 dias. O objetivo é garantir serviços básicos às comunidades, que atualmente são ‘oferecidos’ pela milícia. “Queremos que os órgãos e as instituições fiscalizadoras ocupem novamente sua posição na área. O objetivo é que o Detro se estabeleça como órgão fiscalizador, que as distribuidoras de gás se estabeleçam como fornecedoras, que não haja mais espaço para que milícia ou qualquer outra pessoa venha a utilizar este trabalho”, afirma Beltrame, que sobrevoou a região.


Investigada há mais de um ano, a milícia da Liga da Justiça transformou esses serviços num mercado de lucros impressionantes. Segundo cálculos da polícia, chegava a faturar mais de R$ 2 milhões mensais. “Esse é o caminho. Manter a asfixia financeira para fragilizar ainda mais a milícia local”, explica o chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski.


Além de três depósitos de gás clandestinos, onde foram apreendidos 435 botijões, e três centrais de gatonet, cinco pessoas foram detidas. Nas ruas, o Detro recolheu 13 vans irregulares; 10 veículos foram lacrados e outros 13 multados. O Detran apreendeu 46 veículos, sendo 17 vans, 13 automóveis e 16 motocicletas.


Último policial civil foragido da ação na semana passada, Raphael Moreira Dias se entregou ontem na Delegacia Antissequestro.



Muleta estava adaptada para atirar


De todas as armas apreendidas ontem, a que mais chamou a atenção do delegado Eduardo Freitas foi a muleta adaptada para disparar tiros de calibre 12: “Ela tem um dispositivo para que possa fazer um disparo por vez”, explicou o diretor da DDSD.


A muleta — um engenhoso dispositivo digno de filmes de agentes secretos — estava em um pequeno paiol da quadrilha. No local havia ainda sete granadas, espingarda e munição. As armas estavam escondidas nos fundos de uma oficina na Rua Carius, próximo à Favela da Carobinha, e onde havia uma central de gatonet.



Fonte O Dia

domingo, 14 de junho de 2009

MORADORES SÃO MORTOS POR TRAFICANTES EM REPRESÁLIA ÀS MILÍCIAS. QUEM MANDA NO RIO?


Dois homens são encontrados mortos em Barros Filho



Rio, 14 de junho de 2009 - Dois moradores do Conjunto Boa Esperança foram sequestrados e mortos por traficantes do Morro do Chaves na noite deste sábado. As comunidades são vizinhas e separadas apenas pela Linha Férrea, em Barros Filho, subúrbio do Rio. O ataque seria uma retaliação contra a milícia que atua na comunidade.


As vítimas foram levadas no início da noite por um grupo de 20 homens armados com fuzis e pistolas que entraram na comunidade atirando. O auxiliar administrativo Tiago França Amoedo, 23 anos, estava na porta de casa quando o grupo invadiu a comunidade.


Segundo parentes, Tiago teve uma moto roubada na noite de sexta-feira e teria ido até o Morro do Chaves, vizinho à comunidade para pedir o veículo de volta. Bandidos teriam dito a ele que não havia nennhuma moto na favela mas, à noite, quando invadiram o Parque Boa Esperança, disseram que iriam levá-lo para que ele apontasse quem o informou que a moto tinha sido levada para o Chaves.


O pedreiro Luís Fernando Gonçalves Tostes, 51, bebia em um bar, quando os bandidos passaram com Tiago. Ele teria tentado ajudar Tiago e também foi levado.


Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) foram ao Morro do Chaves e fizeram buscas na fevela, mas não encontraram ninguém. Parentes das vítimas, porém, foram à comunidade e encontraram os corpos dentro de um rio. No início da manhã, os policiais militares voltaram à favela e encontraram os corpos.


O crime foi registrado na 39ª DP (Pavuna).



Fonte O Dia.