quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ricardo Batman comanda as milícias do RJ de dentro de prisão federal



MP investiga o comando do tráfico do RJ por presos na Capital


Mesmo trancado na penitenciária Federal de Campo Grande, o ex-policial militar, Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, tem ditado ordens.


"Batman" foi preso em 2009 e hoje cumpre pena em MS


Mesmo trancado na penitenciária Federal de Campo Grande, o ex-policial militar, Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, tem ditado ordens aos grupos de bandidos em atuação na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estratégia aos moldes do traficante Fernandinho Beira-Mar, que esteve por pouco mais de dois anos na Capital de Mato Grosso do Sul e continuou comandando o tráfico por cartas e bilhetes.

Segundo a reportagem do jornal O Globo, as articulações de Batman com aquele que seria seu principal aliado em liberdade, o policial militar desertor Toni Ângelo de Souza Aguiar, vem sendo monitoradas pela Draco (Delegacia de Repressão a Ações Criminosas) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPE (Ministério Público Estadual).

Investigações revelam que há pelo menos três meses, Ângelo tem recebido determinações por meio de cartas para comandar ações junto a maior milícia em atuação hoje no Rio.

À reportagem do jornal O Globo o chefe de investigações da Draco, Jorge Gerhard, informou que as ordens são transmitidas aos principais integrantes da milícia durante reuniões onde a correspondência é lida em voz alta, o que teria ocorrido em março, poucos dias depois do carnaval quando os milicianos foram informados sobre o destino que deveria ser dado ao dinheiro arrecadado com a cobrança de ‘taxas de segurança’.

Haveria um racha entre antigos aliados, envolvendo o grupo de Batmam e do ex-deputado estadual Natalino José Guimarães e o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, que também estão presos em Campo Grande. Esses últimos também teriam se valido da troca de cartas para evitar a ruptura na estrutura da milícia e a consequente perda de poder.

As correspondências serviriam, por exemplo, para comunicar que o dinheiro arrecadado com a cobrança de "taxas de segurança" não deveria mais ser repassado integralmente a emissários dos irmãos Natalino e Jerônimo Guimarães.

O modelo de Fernandinho Beira-Mar para resolver os assuntos do tráfico do lado de fora da cadeia também teria sido utilizado pelo ex-sargento Luiz Monteiro da Silva, o Doem, para orientar aliados no planejamento de um atentado contra um integrante do MPE.

Batman está em Campo Grande desde maio de 2009. Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão. Ele é acusado de uma série de homicídios, formação de quadrilha, participação em milícias e de atentado contra outro PM.

Ele seria um dos líderes do grupo conhecido como Liga da Justiça. Ex-policial militar, Ricardo Batman foi expulso da PM em 1992, quando fazia parte do Batalhão de Choque. A milícia, da qual é acusado de chefiar, exploraria serviços clandestinos de segurança, transporte alternativo, distribuição de gás e venda de sinal de TV a cabo em Campo Grande, no Rio de Janeiro.


Fonte: campograndenews

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