quarta-feira, 20 de abril de 2011

Falcon, acusado de pertencer a milícia do RJ pode ser expulso da Polícia Militar



Martha Rocha determina que corregedoria investigue armas em poder de diretor da Portela


Rio, 19 de abril de 2011 - A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, determinou à Corregedoria da Polícia Civil (Coinpol) que investigue a procedência de duas armas que estavam em poder do sargento da PM Marcos Vieira de Souza, o Falcon, diretor de Carnaval da Portela. Preso na semana passada por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) e da Coinpol, o PM portava uma pistola 9 milímetros, da Divisão Antissequestro (DAS), e uma pistola ponto 40, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A sindicância 75/11 foi aberta na noite de segunda-feira.

Ontem, a Corregedoria da Polícia Militar decidiu que o sargento será submetido ao Conselho de Disciplina. “Avaliamos o procedimento feito pela Polícia Civil e entendemos que ele pode até ser demitido da corporação”, afirmou o corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes.

Embora a Polícia Civil negue que Falcon ainda estivesse em seus quadros, no depoimento prestado na Draco-IE, o sargento informou que estava lotado na diretoria-geral da instituição, à disposição da Core. No momento em que foi detido, ele estava ainda com cerca de R$ 33 mil.

Falcon foi preso ao levar à Draco-IE Paulo Ferreira Júnior, o Paulinho do Gás, acusado de integrar milícia supostamente chefiada pelo vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, preso na Operação Blecaute. Três homens que seriam seguranças do sargento também foram para a cadeia. Eles vão responder por porte ilegal de arma e de munição de uso restrito e formação de quadrilha.

Ontem, o Disque-Denúncia (2253-1177) anunciou recompensa de R$ 2 mil por informações que levem à captura de Hélio Albino Filho, o Lica ou PM Sousa, acusado de fazer parte da milícia de Deco, que controlaria 13 comunidades de Jacarepaguá, Quintino e Campinho. Lica é apontado como braço operacional da quadrilha. O anonimato das ligações é garantido


Por Adriana Cruz de O Dia.
Fonte: Jornal O Dia

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