segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PM investigará suposta milícia no Bairro Leblon, na Zona Sul do Rio





PM investigará suposta milícia no Leblon





Aumento de seguranças atuando na Rua Aperana preocupa moradores.


RIO, 24 set 2012 - A formação de uma suposta milícia na Rua Aperana, no Leblon, será investigada pela equipe do Serviço Reservado do 23º BPM (Leblon), como informou o comandante da unidade, tenente-coronel Luiz Octávio Lopes da Rocha Lima. A denúncia do aumento de seguranças na via, que é cercada de trilhas que levam ao Vidigal, foi publicada neste domingo pela coluna Gente Boa de Joaquim Ferreira dos Santos, no GLOBO.

Policiais militares estariam oferecendo o serviço de porta em porta e já trabalhariam para diversos condomínios do endereço. A Rua Aperana é uma das mais valorizadas do Alto Leblon. A via é paralela ao trecho final da movimentada Avenida Visconde de Albuquerque, nas proximidades da Avenida Niemeyer. Depois do último prédio residencial, começa um caminho sem edificações que leva ao Parque do Penhasco. A rua alcança a comunidade Chácara do Céu.

O comandante Luiz Octávio afirmou ser contra esse tipo de serviço, segundo ele, perigoso para o morador:

— Não reconheço essa oferta como legal. Chega a ser perigoso para o morador, que permite a um desconhecido acompanhar a rotina do condomínio, sem saber suas reais intenções.

Policial envolvido pode ser preso

O tenente-coronel enfatizou ainda que na reunião do Conselho Comunitário do bairro, nesta semana, conversará com os moradores sobre o risco da contratação dos seguranças:

— Não recebi reclamações sobre o problema. É importante, inclusive, que moradores procurem a Polícia Civil para registrar boletins de ocorrência com as ofertas do serviço. Entrarei em contato com o delegado da 14ª DP (Leblon). Vou investigar. Se policiais estiverem envolvidos, eles serão presos e punidos administrativamente.

Presidente da Associação de Moradores do Alto Leblon, Evelyn Rosenzweig disse que a contratação desse tipo de serviço já foi comum na região, alguns anos atrás. Ela não havia notado o aumento do número de seguranças na via até um morador a procurar para fazer a queixa. Segundo Evelyn, ele estava preocupado, já que seu condomínio tinha a intenção de contratar os serviços de um policial militar:

— Acho um equívoco contratar esse tipo de serviço. Sei que existe uma pressão, mas com tantos meios tecnológicos, como câmeras, travas eletrônicas e alarmes, é mais conveniente investir nesses equipamentos do que no “policiamento” da rua. Até porque, nesses casos, não há uma empresa corresponsável. O meu prédio não tem seguranças, mas câmeras sim.

Ela não acredita que a região esteja vivendo uma escalada nos assaltos a residências, o que poderia motivar as contratações. Para Evelyn, houve um aumento de ocorrências nas ruas, como as saidinhas de banco.


Fonte O Globo.

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