quarta-feira, 11 de abril de 2012

Contador da milícia Liga da Justiça é preso





‘Gestor financeiro' da milícia Liga da Justiça é preso com R$ 10 mil


Rio, 11/04/2012 -  Um dos responsáveis pela gestão das finanças da milícia conhecida como Liga da Justiça foi preso, na tarde desta terça-feira, por policiais da 2° Delegacia Judiciária Militar (DPJM) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE). A informação foi confirmada pela assessoria da Secretaria de Segurança Pública.

Segundo o titular da Draco, delegado Alexandre Capote, o miliciano identificado como Fábio Nadaes Moraes, de 31 anos, era investigado em parceria com a 2ª DPJM há cerca de um mês. Nesta tarde, foi cumprido o mandado de prisão pelo crime de formação de quadrilha armada. Fábio foi preso ao ser surpreendido no momento em que falava em um telefone público, perto de sua casa, no bairro Andréia, em Campo Grande, na Zona Oeste.

Com ele foram apreendidos R$ 10 mil, um bracelete e um relógio de ouro, anotações do fornecimento clandestino de sinal de TV a cabo (gatonet) e de transporte irregular.

A milícia Liga da Justiça que em 2007 iniciou uma expansão pela Zona Oeste do Rio, após investigações e sucessivas prisões foi desarticulada, no entanto, ainda há membros investigados e as prisões continuam.

O combate às milícias é uma prioridade para a Secretaria de Segurança. Há cinco anos o trabalho de Inteligência das forças de segurança resultou na prisão de mais de 640 pessoas e mais de 1000 policiais expulsos nesse período.

Liga da Justiça

A Liga da Justiça, no auge de seu período de atuação, dominou importantes comunidades da zona oeste do Rio - como Rio das Pedras e Gardênia Azul. Natalino Guimarães, ex-deputado estadual pelo DEM e ex-inspetor de Polícia Civil, foi preso em julho de 2007, após ser flagrado em casa numa reunião com cerca de 15 homens - todos supostamente membros da Liga da Justiça. Houve tiroteio e Natalino foi interceptado quando tentava uma fuga de carro. Detido, ele promoveu a cena que ficou marcada na época ao levantar as mãos algemadas gritando inocência.

A cena acabou reproduzida, anos mais tarde, no filme Tropa de Elite 2 - quando um dos envolvidos com a milícia na trama, o deputado Fortunato, sai algemado e faz o mesmo gesto, após ser detido dentro da Assembleia Legislativa do Rio.

Em fevereiro desse ano, Natalino e mais três acusados foram julgados pela tentativa de homicídio do motorista de transporte alternativo Marcelo Eduardo dos Santos Lopes, ocorrida na zona oeste do Rio de Janeiro em 2005. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado, o grupo é acusado de tentar cobrar um pedágio diário de R$ 42 dos cerca de 60 motoristas que faziam o trajeto Jardim Maravilha-Campo Grande. Marcelo Lopes, por discordar do pagamento, sofreu um atentado, do qual escapou ileso.

Fonte O Dia e UOL

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