sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Milícias: Operação Guilhotina apreendeu R$ 56 mil com policiais acusados de crimes



Operação Guilhotina apreendeu R$ 56 mil com policiais acusados de crimes



Com um policial militar ligado à milícia de Ramos foram encontrados R$ 25,6 mil





Além de indiciar 45 pessoas, a maioria policiais civis e militares, a operação Guilhotina, da Polícia Federal, desencadeada no último dia 11, apreendeu R$ 56,1 mil em poder de alguns presos. A PF suspeita que o dinheiro seja fruto da venda de armas, munição e drogas para traficantes e do lucro com serviços explorados por milicianos.

A quantia mais alta foi encontrada na casa do policial militar Paulo Araújo Costa, onde foram apreendidos R$ 25,6 mil. Segundo investigações, ele é ligado à milícia que controla as favelas Roquete Pinto, Praia de Ramos e Borgauto, na zona norte do Rio. O relatório do inquérito ainda aponta um boleto bancário com uma movimentação de R$ 62 mil. 

No grupo liderado pelo policial civil Leonardo da Silva Torres, conhecido como Trovão, foram apreendidos R$ 16 mil em poder de Flávio de Brito Meister. Com o próprio Trovão, os agentes federais encontraram R$ 3.000.

O grupo de Trovão é acusado de receber propina de traficantes para informar sobre a ocorrência de operações policiais nas favelas da Rocinha e do São Carlos. O grupo recebia R$ 50 mil de cada traficante, acontecendo operações nas favelas ou não, além de vender armas e munição apreendidas em comunidades dominadas por grupos rivais.

Com o terceiro grupo de réus, foram encontrados durante a operação R$ 9.000 em poder do policial militar Ivan Jorge Evangelista de Araújo e mais R$ 2.500 na casa do PM Floriano Jorge Evangelista de Araújo,conhecido como Xexa.

Este grupo também praticava o ‘espólio de guerra’, prática de subtrair armas, drogas e munição em operações policiais para serem revendidos para bandidos ou usados pelos próprios policiais.

Além do dinheiro, o relatório da Polícia Federal revela, sem dar detalhes, a apreensão de um arsenal, com armas e munição, sem comprovação de origem, além de bens como pares de tênis subtraídos durante a operação no Complexo do Alemão em novembro e joias.

Operação Guilhotina
A operação Guilhotina, desencadeada no último dia 11 provocou uma das maiores crises na Polícia Civil do Rio de Janeiro. A Polícia Federal indiciou 45 pessoas acusadas de ligação com milícias, tráfico de drogas e contravenção. Entre os presos há policiais civis e militares e informantes.

Um dos presos foi o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da instituição e considerado braço direito do ex-chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, que chegou a ser indiciado por vazar informações sobre operações policiais, mas ainda não foi denunciado pelo Ministério Público.

Turnowski não resistiu à crise e pediu demissão, sendo substituído pela delegada Martha Rocha.

Fonte: R7

Nenhum comentário: