Ação para coibir agiotagem da 'Liga da Justiça' termina com cinco
presos
Com juros de 70%, bando faturava R$ 200 mil com empréstimos.
Rio, 17 de maio de 2012 - Ação
conjunta entre a Secretaria de Segurança e o Ministério Público resultou em
megaoperação para estourar escritórios de agiotagem na Zona Oeste, onde
integrantes da milícia Liga da Justiça agiam. De acordo com as investigações da
polícia, o grupo lucrava até R$ 200 mil com os empréstimos e a cobrança de
juros elevados.
Cinco pessoas foram presas,
entre elas, Carlos Henrique Garcia Ramos, apontado como braço direito do chefão
da Liga, o ex-PM Toni ângelo Souza Aguiar, o Erótico. Os outros responderão por
extorsão.
As investigações duraram cinco
meses, e a polícia descobriu que milicianos atuavam em escritórios em Campo
Grande e Santa Cruz. Eles emprestavam dinheiro para pessoas carentes, com juros
que chegavam a 70% ao mês.
Material apreendido durante a Operação Prelúdio | Foto: Divulgação
Os empréstimos eram anunciados
através de panfletos e classificados de jornais. “A ação de hoje (ontem)
representa um baque considerável para a quadrilha”, afirmou o delegado da
Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) Alexandre Capote. Cento e
cinquenta policiais, amparados em mandados de busca e apreensão expedidos pela
Justiça, vasculharam 25 endereços.
Os criminosos ameaçavam as
vítimas, que eram coagidas, agredidas, torturadas e mortas. “Nas fichas, há
nome, endereço, e-mail, telefone e informações sobre parentes”, disse Capote,
que investiga homicídios. Algumas vítimas prestaram depoimentos.
A polícia apreendeu
computadores, munição, joias, cheques assinados com valores em branco,
promissórias, pesos colombianos e câmeras. Num dos locais, uma pasta continha
reportagens relacionadas à Liga da Justiça, ao ex-deputado Natalino Guimarães,
a seu irmão, o ex-vereador Jerônimo Guimarães (apontados pela polícia como
chefes da ‘Liga’) e ao ex-chefe do grupo, Ricardo Teixeira da Cruz, o
Batman.
Fonte: O Dia
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