domingo, 20 de maio de 2012

Ex-policial civil é preso suspeito de participar de milícia é preso com armas e em carro roubado em Campo Grande








Ex-policial civil suspeito de integrar milícia é preso na zona oeste.

Segundo a Corregedoria da PM, ele estava armado e em um carro roubado.






Rio, 19/05/2012 - Um ex-policial civil foi preso por agentes da Corregedoria da Polícia Militar, na tarde deste sábado (19), na praça do Magali, nas proximidades da esquina das ruas Ari Curi e Victor Alves, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, com ele foram encontradas: uma pistola calibre 9 mm, munições para fuzil 556 e para carabina.

No momento da prisão, o ex-policial civil estava em um veículo Santana, de cor prata, que consta no sistema da polícia como roubado.

Os agentes chegaram até o suspeito após uma ligação feita para o Disque-Denúncia.

A polícia investiga a informação de que ele seria integrante de uma milícia que atua na zona oeste da cidade e que, no momento da prisão, estaria cobrando comerciantes da área por serviço de segurança irregular.

O caso será investigado pela Delegacia de Campo Grande (35ª DP).

Diversificando os negócios

A milícia que atua na zona oeste do Rio de Janeiro está expandindo seus negócios na região. Os criminosos estão agrupando a agiotagem ao seu leque de atividades que já inclui a exploração de transporte alternativo, de sinais clandestinos de TV a cabo, a distribuição de gás e a segurança irregular. Os juros cobrados pela quadrilha no empréstimo ilegal chegavam a até 70%.

Segundo o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio de Janeiro, Marcos Vinícius da Costa Marques Leite, os milicianos estão se organizando de forma empresarial para aumentar os lucros.

— A agiotagem é uma nova vertente que vem sendo explorada pela milícia. Esse grupo criminoso busca angariar quanto mais recursos houver. Tudo que estiver na área conflagrada, dominada por eles, e tiver um ganho econômico, eles vão explorar, diretamente ou terceirizando, buscando obter o lucro.

Segundo as investigações, a quadrilha chegava a movimentar até R$ 200 mil reais por mês com a atividade ilegal.

Na quarta-feira (16), mais de 200 policiais civis e militares participavam da operação Prelúdio, desencadeada com o objetivo de enfraquecer o braço financeiro da organização criminosa. Ao todo, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão para endereços na zona oeste da cidade, onde funcionariam escritórios da agiotagem.

Durante a ação, dois homens foram presos em flagrante dentro de centrais clandestinas de TV a cabo. Além disso, foram apreendidos: cheques assinados pelas vítimas dos agiotas com o valor em branco, notas promissórias, cadernos com anotações da quadrilha, toucas ninjas, munição e até câmeras usadas no circuito interno de segurança, usadas para controlar o acesso aos escritórios de agiotagem.

Segundo o titular da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), Alexandre Capote, algumas vítimas já foram identificadas e já foram ouvidas na especializada.

— Diversas pessoas foram ameaçadas. Eram cobrados juros de até 70% em cima do valor emprestado às pessoas carentes e necessitadas que vivem naquelas localidades. Algumas delas prestaram depoimento na Draco. Elas confirmaram essas ameaças, lesões corporais e juros extorsivos.

Participaram da ação, policiais da Draco, do Gaeco, da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar e da Corregedoria da PM, além do Batalhão de Choque.


Assista ao vídeo:


Fonte:  R7

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