Quando as milícias assumem o comando de uma região, os moradores se livram de um grupo associado a vários males para passarem a ser controlados por outro que também apresenta perigos. O que muda, na prática e a curto prazo, é que a violência das guerras entre facções criminosas diminui.
Essa é, no entanto, uma calmaria apenas relativa e que pode trazer sérios danos às comunidades a longo prazo, ou até num futuro próximo. As milícias representam uma falsa segurança, por serem à margem da lei. São formadas por PMs na ativa e PMs na reserva, bombeiros, ex-militares ou militares na ativa e na reserva, pessoal de segurança privada e até mesmo garotos que gostam de brigar, conforme lembra Ruben César, diretor executivo do Viva Rio, ouvido pelo Opinião e Notícia. Mas em geral, como também explica Ruben, há nas milícias um membro que consegue conviver bem com a polícia. Assim, começa a se desenvolver uma aliança entre a milícia e a polícia que não é boa porque, à medida que a milícia cresce, passa a dominar a área.
O domínio das milícias significa pressão sobre os moradores, uma dominação pelo medo, já que esses grupos exigem pagamento pelo seu trabalho de segurança, ameaçando quem se recusar a pagar.
As próprias milícias, aliás, em alguns locais passam a controlar o tráfico. Outra forma de clandestinidade que mais atrapalha que ajuda é, por exemplo, o transporte ilegal, feito comumente através de vans. As milícias passam a disputar, entre si, nichos de mercado que incluem as linhas dessas vans.
Os moradores ficam entre um mal e outro, define Ruben Cesar, referindo-se às milícias e aos grupos de traficantes de drogas.
De qualquer forma, eis um breve histórico desse que, para todos, é o mal maior...
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