Morte de PM no Rio pode ter
ligação com mulheres, milícia e jogo do bicho
Caso com mulher de preso ou
agressão a filha de miliciano são apuradas.
Polícia suspeita também de envolvimento de Eduardinho com jogo do bicho.
A Divisão de Homicídios (DH),
que trabalha no caso da execução do cabo da Polícia Militar Eduardo Conceição
Dias, tem até o momento quatro linhas de investigação para o crime. Está sendo
apurado se o PM foi morto por envolvimento com mílicias, devido a um caso
amoroso ou em decorrência de uma suposta participação no jogo do bicho. O
assassinato ocorreu nesta quinta-feira (20).
Eduardinho, como era
conhecido, tinha fotos na internet com um anel com a imagem do herói Batman, em
alusão ao apelido de seu ex-sogro, Ricardo Teixeira da Cruz – chefe da maior
milícia do Rio de Janeiro, que está preso. A polícia desconfia que o PM teria
sido morto por uma liderança dissidente da organização criminosa.
Segundo as investigações, um
homem conhecido como Carlinhos teria dominado a área de Batman em Campo Grande
após a prisão e mandado executar pessoas ligadas a ele.
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Agressão e adultério
A Divisão de Homicídios também
apura se Eduardinho teria agredido a filha de Batman e sido punido com a morte.
Outra hipótese é de que seu assassinato tenha sido encomendado após um suposto
caso com a ex-mulher de um bombeiro que está preso.
Também é investigado um
possível envolvimento de Eduardinho com contraventores do jogo do bicho, para
quem trabalharia como segurança.
'Era um fanfarrão', diz policial
Na internet, o PM exibia fotos
com adornos de ouro, ao lado de famosos e em um carro de luxo. "Era um
fanfarrão", diz um dos policiais que teve informações do caso e prefere
não se identificar, repetindo um termo que ficou famoso no filme "Tropa de
Elite".
Justamente devido a essa
impressão, as investigações preferem não se preciptar em afirmar que Eduardo
Conceição Dias participava do grupo paramilitar da Zona Oeste.
Luxo e ostentação
O carro do cabo da PM foi
levado para a DH para ser periciado e estava estacionado no pátio da delegacia
na manhã desta sexta (21). O BMW X1 SDRIVE 2011 é avaliado em R$ 75 mil.
Em sua conta no Instagram,
Eduardinho exibia uma vida de luxo e ostentação. O policial compartilhava fotos
de viagens, bons restaurantes, passeios de helicóptero, joias e o próprio
carro. Na manhã desta sexta, o perfil foi excluído da rede social.
Inquérito
Em 2013, Eduardinho respondeu
a um Inquérito Policial Militar (IPM) junto com Tôni Ângelo Souza de Aguiar, o
Erótico, que sucedeu Batman no comando da milícia e também está detido, no
presídio federal de Catanduvas (PR).
O procedimento, no entanto,
acabou arquivado, segundo a PM, porque “não foi possível incriminar os acusados
devido a inexistência de provas contra os mesmos”. Em 2014, o PM começou a
responder a outro IPM, pelo crime de estelionato. A investigação seguia em
aberto.
Ao G1, policiais disseram que
Eduardinho era ligado à chefia da milícia em Campo Grande, na Zona Oeste. Em
2014, um anel de ouro com o rosto do Batman, semelhante ao que o PM exibe em
fotos na internet, foi apreendido durante a prisão do ex-PM Marcos José de Lima
Gomes, o Gão, apontado como o último chefe do bando de milicianos que estava em
liberdade.
“Ao que parece, só integrantes
da alta cúpula da milícia usam este anel. É uma joia cara feita de ouro”, disse
na época o delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios.
Fonte e Fotos: O DIA
Fotos: Reprodução da Internet
em O DIA
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