Um agente da Polícia Civil do
Rio Grande do Norte foi preso nesta quarta-feira (9) suspeito de formar uma
milícia privada. O policial foi preso em Natal após o cumprimento de um mandado
de prisão expedido pela Vara Criminal de Ceará-Mirim, na região metropolitana.
Além de formação de milícia privada, o agente é suspeito dos crimes de peculato
- desvio de dinheiro público - e tentativa de homicídio.
A prisão do policial é
desdobramento da operação Tártaro, deflagrada em 7 de agosto para desarticular
e prender integrantes de uma empresa ilegal que realizava segurança privada
para moradores de Muriú, praia do litoral Norte do Rio Grande do Norte.
“O grupo realizava disparos
com armas de fogo e ameaçava moradores que não contratassem os serviços. Além
disso, como forma de retaliação o grupo realizava arrombamentos nas casas,
constituindo desta forma a prática de milícia privada”, relatou a delegada
Jamille Alvarenga, titular da Delegacia de Polícia Civil de Ceará-Mirim.
A delegada acrescenta que o
policial civil exercia o papel de dono da empresa de segurança privada
investigada na operação. “Ele coordenava os trabalhos do grupo, fornecia
armamentos e gerenciava toda a logística", detalha.
A participação do policial
civil foi descoberta a partir de prisões e apreensões realizadas na operação
deflagrada em agosto. Na ocasião foram apreendidos um colete balístico de
propriedade da Polícia Civil, além de dois revólveres calibre 38 e munições de
diversos calibres, inclusive de uso exclusivo da polícia. O material estava na
casa de um dos presos na operação.
No dia da operação foram
presos dois primos apontados como supostos autores de uma tentativa de
homicídio e integrantes da milícia privada. "Descobrimos que o policial
civil tinha repassado o colete. Para tentar despistar a origem do colete, o
agente havia cortado todas as identificações relativas à Polícia Civil”,
explica Alvarenga.
Armas e coletes a prova de
balas foram apreendidos durante buscas feitas na empresa (Foto:
Divulgação/Polícia Civil)
Fonte O Globo