Lei do silêncio em Rio das Pedras.
Juiz considera ‘ditadura’ do crime a situação de medo imposta aos moradores da comunidade.
Adriana Cruz
“Verifica-se nos depoimentos de testemunhas até aqui ouvidas que nenhuma delas relatará o que realmente sabe do delito face a ‘ditadura’ que impera na região, trazendo medo a moradores que somente falam em denúncias anônimas”, escreveu o magistrado, em sua fundamentação.
CRÍTICA À INVESTIGAÇÃO
O juiz relatou achar “estranho” o fato de o relatório policial não ter indiciado Raphael pelo crime. Nadinho e o policial civil André Luiz da Silva Malvar, denunciados pelo assassinato, prestarão depoimento no próximo dia 7 no 4º Tribunal do Júri.
A Delegacia de Repressão a Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) continuará a investigação sobre o envolvimento de outros criminosos com a morte de Félix, suspeito de chefiar a milícia de Rio das Pedras. Não está descartada a intimação de Nadinho para prestar novo depoimento.
O vereador, que está em cela especial na Polinter de Neves, em São Gonçalo, recebeu ontem a visita do advogado Édson Fontes e de funcionários da Câmara de Vereadores. A Casa criou ontem uma Comissão Multipartidária, com nove integrantes, para acompanhar o processo do vereador.
Nadinho chegou a Neves, unidade com 400 presos, segunda-feira. Comeu bife rolê e purê de batata. Ontem, o café-da-manhã foi pão e café com leite. O cardápio teve ainda sopa de legumes.
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