quarta-feira, 6 de julho de 2011

Milícia carioca em novo "ramo": agiotagem.








Milicianos

agiotas...









 A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentou acusados de integrar um grupo de milicianos. Milícias no Rio estariam financiando agiotagem, diz delegado.


Por Luís Bulcão
 

Rio, 5 de julho 2011 - A prisão de três agiotas no centro do Rio realizada nesta terça-feira pela Delegacia de Repressão aos Crimes Organizados (Draco) evidenciou uma nova prática das milícias cariocas para investir o dinheiro arrecadado com o crime. O delegado Jaime Berbat, responsável pelas investigações, acredita que as milícias estejam financiando o empréstimo ilegal e usando seu poder para extorquir os devedores.

"O que está ficando claro é que essa passou a ser uma nova modalidade de ação da milícia. Eles se associam a essas pessoas que fazem empréstimos e ficam com parte do dinheiro arrecadada", explicou o delegado.

Segundo as investigações, os agiotas atuavam no centro do Rio para tentar desassociar a prática das regiões controladas pelos milicianos da zona oeste da cidade. Os devedores que recorrem ao dinheiro eram instruídos a fazer o negócio em salas de um edifício na avenida Presidente Vargas, no Centro. "Depois de concedidos os empréstimos, os milicianos passavam a fazer o que mais sabem, que é intimidar e extorquir", disse Berbat.

Na operação, a Draco prendeu Edmilson Vieira Fernandes, 33 anos, Roberto Pinto Melo, 59 anos, e Paulo Bianchine Neto, 21 anos. Eles vão responder pelos crimes de usura, uso de entorpecentes, extorsão e quadrilha armada. Com o grupo, foi arrecadado cerca de R$ 4 mil em dinheiro, pequena quantidade de maconha, uma faca, notas promissórias, blocos com dados pessoais das vítimas, cópias de documentos, calculadoras, recibos de empréstimos, câmeras de circuito interno de TV, entre outros objetos, de acordo com informações da Secretaria de Segurança. Berbat afirmou que as investigações prosseguem com o objetivo reunir provas que ajudem a levar a uma milícia que atua principalmente na Zona Oeste.

Fonte: Terra
Foto: Jeferson Ribeiro/Futura Press

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