quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vereadores acusados de chefiar milícia de Duque de Caxias (RJ) vão ao STF


 



Vereadores acusados de chefiar milícia vão ao STF


O Supremo Tribunal Federal recebeu pedido de Habeas Corpus da defesa de dois vereadores do município de Duque de Caxias (RJ). Eles tiveram prisão preventiva decretada em dezembro a pedido do Ministério Público. Os dois foram denunciados por extorsão e formação de quadrilha. A defesa alega inépcia da denúncia — feita com base em interceptações telefônicas que, de acordo com o Ministério Público, apontavam para o envolvimento dos vereadores em milícia e em comércio de armas com traficantes.

A defesa sustenta que “não existe sequer ação penal instaurada”, pois só depois do recesso forense e após a apresentação das defesas dos denunciados (ao todo, 34 pessoas) é que a Justiça deliberará pela pertinência ou não da denúncia. Para os advogados, “o argumento alusivo à instauração da ação penal se afigura indevidamente antecipado e afobado”, e, portanto, a prisão seria injustificada. “Não se pode tomar como razoável que eles permaneçam presos preventivamente por semanas, ou mesmo meses, com base em um hipotético e incerto acontecimento, o recebimento da denúncia”, afirmam.

Os vereadores pedem a concessão de liminar para que possam aguardar em liberdade o julgamento de mérito da impetração da ação penal e, no mérito, o reconhecimento da inépcia da denúncia e a revogação da prisão preventiva.

A denúncia

O Ministério Público, ao pedir a prisão preventiva, sustentou que “a quadrilha tem como chefes os parlamentares denunciados Jonas Gonçalves da Silva (‘Jonas é Nós’), soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro reformado, e Sebastião Ferreira da Silva (‘Chiquinho Grandão’)”. Os dois “presidem as atividades criminosas do grupo, buscando o aprimoramento da atuação dos integrantes e solucionando eventuais controvérsias internas”, afirmou o MP.

As atividades, conforme a denúncia, incluem “a imposição e cobrança de ‘taxas de segurança’ aos barraqueiros estabelecidos sob o viaduto de Gramacho e demais comerciantes de Duque de Caxias, a exploração de serviços de transporte alternativos (vans e mototáxis), a exploração de máquinas de jogos de azar, a prática de agiotagem, a distribuição ilícita de sinal de TV a cabo (‘gatonet’) e internet (‘gatovelox’), o monopólio sobre a venda de cestas básicas e botijões de gás de cozinha, a mercancia de armas de fogo e o seu lucrativo fornecimento a traficantes do Complexo do Alemão, a venda de combustíveis de origem espúria e até mesmo o desvio de verbas públicas, mediante superfaturamento de notas fiscais”. Com informações da Assessoria de Imprensa do Supremo.




Fonte: STF

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Julgamento de réus de milícia "Liga da Justiça" é adiado no Rio de Janeiro



Julgamento de réus de milícia é adiado no Rio de Janeiro


Rio, 12 de janeiro de 2011 - O julgamento dos réus da milícia Liga da Justiça, acusados de tentar matar duas pessoas para ocupar um terreno na zona oeste do Rio de Janeiro, foi adiado.  A próxima audiência de instrução dos seis integrantes detidos está remarcada para 24 de fevereiro. O filho do ex-vereador Jerominho, Luciano Guinâncio e outros cinco homens são julgados pelos crimes.

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio, TJRJ, divulgou em nota oficial nesta quarta-feira, que a juíza Elizabeth Machado Louro, do 4º Tribunal do Júri da Capital, adiou mais uma vez o julgamento de Luciano Guinâncio Guimarães, filho do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho, e de outros cinco, que fazem parte da chamada “Liga da Justiça”.

De acordo com a nota, os réus são acusados de tentarem matar duas pessoas para ocupação de terreno na Zona Oeste do Rio com fins eleitorais. Desta vez, o adiamento foi pedido pelo promotor de Justiça do Juízo, Luciano Lessa, devido a um problema de saúde em sua família. A próxima audiência foi designada para 24 de fevereiro.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Milícia avança sobre o Itanhangá, uma das regiões mais caras do Rio

Moradores reclamam de surgimento de milícia no Itanhangá, no Rio


Grupo explora serviços ilegais e transportes na região. Pela especulação imobiliária no local, grupo já teria construído prédio.

Moradores do Itanhangá e da Favela do Banco, na Zona Oeste do Rio, denunciam a atuação de uma milícia que estaria explorando serviços e transportes nas comunidades da região, além do crescimento da especulação imobiliária, que vem avançando pelo interior da Floresta da Tijuca.

“Semanalmente existe várias queimadas para derrubar parte da floresta e construir casas, caracterizando a especulação imobiliária da milícia que domina o Morro do Banco”, conta um morador. Entre os imóveis estaria um prédio de quatro andares, construído de 2005 para cá.

O desmatamento, segundo moradores, vem sendo feito inclusive através de queimadas e acúmulo de lixo nas encostas. Na área, além da Favela do Banco, as favelas da Tijuquinha, Santa Teresinha e Rio das Pedras também são alvo de milícias.

“Isso aí é uma área de preservação ambiental, da Floresta da Tijuca, e nós temos observado um crescimento grande, inclusive prédios, com garagens subterrâneas, para serem alugados”, reclama uma moradora.

Segundo a polícia, um novo comandante assumiu o batalhão da área há uma semana e uma de suas prioridades é o combate a milícias na região.

Veja o vídeo do RJTV:



Fonte: RJTV

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Preso no ES Wanderson da Silva Tavares, último suposto integrante de milícia do Rio


Preso no ES último suposto integrante de milícia do Rio





São Paulo, 04/01/2011 - O último suposto integrante de um grupo de extermínio que atuava em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foi preso ontem na cidade de Guarapari, no Espírito Santo. Segundo a polícia, com o Wanderson da Silva Tavares foram apreendidos R$ 31 mil, joias e vários talões de cheque de diversos bancos em nome de terceiros. O detido já está no Rio.



Policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo) contaram que o grupo criminoso era formado por cinco cabos da Polícia Militar (PM), identificados como Lopes, Christiam e Baiense, do 12º Batalhão (Niterói); Acácio, do 7º Batalhão (São Gonçalo); e Fábio Couto, do Batalhão de Polícia Turística (BPTUR).



Eles foram presos durante a Operação Trindade, responsável pela investigação de uma série de homicídios de traficantes, sequestrados e mortos mesmo após o pagamento do resgate. Ainda de acordo com os policias, o grupo de extermínio agia na região desde de 2007.



As investigações tiveram início em agosto do ano passado e desarticulou a milícia denominada Bonde do Zumbi, remanescente do outro grupo detido em 2007, o Carro da Linguiça, que atuou durante muitos anos no município. Com a prisão preventiva de todos decretada pela juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Patricia Acioly, os acusados irão responder por cerca de doze homicídios, além de ocultação de cadáver, extorsão mediante sequestro, tortura e roubos.



Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Milícia mexe com o inimigo errado: o BOPE









Milícia pode estar por trás de morte de PM em Campo Grande, diz Bope.







'Existe essa possibilidade', afirmou Ivan Blaz, relações públicas do Bope.

Cabo do Bope e primo dele foram mortos a tiros em bar, no domingo (2).

Apesar de o caso estar sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH), o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) vai ajudar a levantar informações sobre a morte de um cabo do próprio Bope e também do primo dele, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Para o relações públicas do Bope, capitão Ivan Blaz, milicianos podem estar por trás do crime.

“Trabalhamos com várias possibilidades e essa é uma delas, devido àquela localidade ser tomada pelas milícias. Existe essa possibilidade”, afirmou Blaz, na manhã desta segunda-feira (3).

O crime aconteceu na madrugada de sábado (1º), na Rua Maria Pereira Pinto, no Conjunto Santa Maria. De acordo com a polícia, o cabo Alessandro Costa Lopes do Nascimento, de 32 anos, e o primo dele, Leonardo Lopes da Silva, de 37, estavam num bar quando homens armados chegaram num carro, fizeram vários disparos e fugiram.

A DH ainda não se sabe o que motivou o crime. Na tarde domingo (2), a Polícia Civil confirmou que foi aberto um inquérito para investigar o caso.

De acordo com a Polícia Militar, o policial não estava de serviço no momento do crime. Ele e o primo morreram no local. Policiais do 40º BPM (Campo Grande) foram acionados para a região.

Enterro

Os corpos de Alessandro e Leonardo foram enterrados por volta das 11h de domingo, no Cemitério de Campo Grande. O velório aconteceu na capela Senhor do Bonfim e reuniu parentes e amigos das vítimas. Durante o sepultamento, a família prestou uma homenagem às vítimas.

Amigos do Bope carregam o caixão do companheiro de trabalho morto em bar na Zona Oeste do Rio (Foto: Fabiano Rocha / Ag. O Globo)

Por Carolina Lauriano do G1 RJ

Cabral promete comunidades livres do tráfico e de milicianos em 2014





Cabral promete comunidades livres do tráfico e de milicianos em 2014




Governador reeleito e vice Pezão foram empossados na Alerj neste sábado

Rio, 1.º de janeiro de 2011 - Um Estado livre do poder paralelo. Durante a cerimônia de posse, realizada neste sábado na Assembléia Legislativa (Alerj), o governador reeleito Sérgio Cabral afirmou que livrará todas as comunidades do poder de milicianos e traficantes de drogas até 2014.

"Gostaria de firmar um compromisso com esta casa e com o povo do Estado do Rio de Janeiro de que em 2014 não haverá uma comunidade dominada pelo poder paralelo, seja ele miliciano ou traficante", disse Cabral ao encerrar seu discurso de posse.

Cabral, e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, foram empossados em uma cerimônia que contou com 1,2 mil convidados. Cabral e Pezão foram diplomados há 15 dias.

Cabral chegou à Alerj por volta de 10h50 com a família. Logo após a chegada, o governador participiou de uma reunião com membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) dentro da Casa Legislativa. Em seguida, Cabral seguiu para a cerimônia de posse no Plenário Barbosa Lima Sobrinho.

Durante a solenidade, Cabral e Pezão prestaram o juramento "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as Leis e promover o bem geral do povo do Estado do Rio de Janeiro". Em seguida, a primeira-secretária da Alerj, deputada Graça Matos (PMDB) leu o Termo de Posse de cada um, que foi assinado. A cerimônia terminou com a declaração de posse, feita pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani.

Agradecimento à população pela luta contra fuga dos royalties

O governador agradeceu à população por ter ido às ruas na tentativa de barrar a fuga dos recursos gerados pelos royalties do petróleo. "Gostaria de agradecer ao povo do Rio de Janeiro por ter ido à luta contra a emenda dos royalties. Quero também reafirmar minha confiança no presidente Lula, que vetou a emenda", disse Cabral.

Cabral também falou sobre os avanços da educação no Estado e fez mais uma promessa. "Gostaria de firmar um compromisso com esta casa e com o povo do Rio de Janeiro de que em 2014 o Rio estará entre os cinco melhores Estados no índice do Ideb", disse o governador.

No ranking divulgado esse ano pelo Ministério da Educação (MEC), o Rio ficou em penúltimo lugar, à frente apenas do Piauí e empatado com Alagoas, Amapá e Rio Grande do Norte. Uma das primeiras coisas que Cabral fez após eleito foi trocar a secretária de Educação, tirando do cargo Teresa Porto.

Nos próximos dias Cabral deve anunciar um plano de metas para a Educação, que prevê bonificações para os servidores da Educação com o objetivo de motivá-los e assim melhorar a qualidade do ensino no Estado.

Assim que a solenidade na Alerj terminou, Cabral seguiu para Brasília, onde participará da cerimônia de posse da presidenta eleita Dilma Roussef.


Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão tomam posse na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia

Fonte O Dia

Polícia prende miliciano da quadrilha de ‘Sandrinho’

Polícia prende miliciano da quadrilha de ‘Sandrinho’


Apontado como integrante de uma milícia que age em quatro bairros de São Gonçalo, Moisés Conceição de Oliveira Junior, 28 anos, foi preso por policiais do Serviço Reservado (P-2) do 7º BPM (São Gonçalo), na tarde de quarta-feira (29). Segundo a polícia, ele faz parte do grupo que levou o comando do 7º BPM (São Gonçalo) a instalar um trailer no Engenho Pequeno, com o objetivo de coibir novas ações criminosas do bando e, também, com a finalidade de receber denúncias de moradores sobre a atuação dos criminosos. O grupo, que trava uma guerra com traficantes, vem tentando se perpetuar desde 2005, quando iniciou uma série de assassinatos.

Na quarta-feira, os PMs chegaram a Moisés Conceição após receberem uma denúncia anônima informando que homens armados estariam coagindo comerciantes e moradores do Engenho Pequeno, Zumbi, Pita e Covanca a aceitarem o serviço de segurança ilegal oferecido pelo grupo paramilitar. Ao chegarem à Rua Maria Bastos, altura do número 30, no Engenho Pequeno, os policiais viram Moisés jogar um objeto para debaixo de um carro. Os PMs realizaram buscas no local e encontraram uma pistola PT 92, calibre 9mm. O acusado recebeu voz de prisão e foi encaminhado à 74ª DP (Alcântara), onde foi autuado por porte ilegal de arma. Na delegacia, ele contou que trabalha para um homem conhecido como Sandrinho. Entretanto, Moisés não quis revelar o valor cobrado pela segurança ilegal.

Em novembro do ano passado, agentes da 72ª DP (Mutuá) desarticularam uma milícia que atuava nesses quatro bairros. Na ação, sete pessoas foram presas, entre elas Alex Sandro da Silva, o Sandrinho, 32, apontado como o atual chefe do grupo armado que atua na região. A prisão foi decretada pela juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Patrícia Accioli, que acolheu uma denúncia do Ministério Público sobre integrantes da milícia que estaria atuando na região.

Assassinatos em série passaram a ser rotina

Aline da Silveira Rosa, 24 anos, irmã dos milicianos conhecidos como Vaco e Chaveirinho, foi assassinada a tiros em um bar na Rua Sena Borges, no Zumbi, em São Gonçalo, na noite do dia 17 de junho de 2010. Segundo a polícia, o crime pode ter sido praticado por traficantes, apenas porque a vítima era irmã dos homens acusados integrarem o grupo de extermínio responsável pela eliminação de traficantes e outros bandidos na região.

Após a decretação da prisão, seis integrantes do bando foram presos e responderam a processo, entre eles uma policial militar que foi absolvida da acusação, e um funcionário do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe). O inquérito da Polícia Civil aponta o grupo como responsável pela execução do segurança André Tupinambá Xavier, o André Pitt, 37, que seria a testemunha-chave de um processo que tramitava na 4ª Vara Criminal sobre a atuação de uma suposta milícia na região.

André foi assassinado a tiros, no Luiz Caçador, quando seguia para prestar depoimento no Fórum, em Santa Catarina, em março de 2008. O grupo é investigado por outros seis homicídios. Uma das mortes seria da também testemunha do processo, Raoni Muniz Portugal, assassinado a tiros em agosto de 2005.

O Ministério Público e a polícia continuam rastreando as ações do grupo que resultaram em diversas mortes em busca de nomes dos envolvidos, mas Moisés Conceição, preso na tarde de quarta-feira, ainda não figurava como integrante do grupo. As investigações apontam os nomes de Wanderson Cleiton Rosa Martins, o Piu-Piu, de Jorge Henrique da Silva Pereira Batista, o Jorginho, de Leandro Medeiros Rosa, de Heliandro Fernandes Perez, o Zoca, de um rapaz identificado apenas como Orelha, e de Luiz Eduardo Verdan Malafaia, 18 anos, o Eduardinho, homicídio pelo qual Zado, Chaveirinho e Vaco estão presos, condenados a 25 e 22 anos de reclusão. Os citados estariam envolvidos em pelo menos seis assassinatos.

Milicianos em ‘guerra’ com traficantes

Desde 2005 as ações do grupo vêm sendo monitoradas pelo Ministério Público, mas o jogo começou a mudar quando o tráfico de drogas matou dois dos principais seguranças da milícia, incluindo Claudecir José Gomes de Figueiredo, de 32 anos, cunhado do líder do bando, Alex Sandro da Silva, o Sandrinho, dando início a uma guerra com baixas nos dois lados. Em 24 de agosto do ano passado, o tráfico matou o segurança Fábio Márcio Melo de Oliveira, o Marcinho, 28 anos. Os assassinos estariam em um carro escuro e deram 12 tiros no rosto e no tórax.

Em 19 de fevereiro deste ano houve o revide da milícia, que tinha como alvo o traficante conhecido como Coelho Preto. O grupo invadiu uma boca de fumo na Travessa Rangel, no Pita, mas não encontrou Coelho Preto. Para não perder a viagem, os criminosos mataram três pessoas: o camelô Antônio Quinta Tavares, de 37 anos, Wagner Gomes Guaraciaba, de 28, e o mototaxista Mariano Santos da Costa, de 19.

No meio da guerra, Patrícia Acioli, decretou as prisões de Luis Cláudio Freire da Silva, 28, o Zado, Adriano Silveira da Rosa, 34, o Vaco, e André Silveira da Rosa, 30, o Chaveirinho. Todos estes já estavam presos por homicídio cometido em 2007.


* Moisés, que portava uma pistola, deu risadas na delegacia (Foto: Sandro Nascimento


Fonte O São Gonçalo